O Corpo de Bombeiros Militar de Goiás (CBMGO), em parceria com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e a Polícia Militar, realiza uma operação integrada no Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco (PEAMP) e no Parque Estadual João Leite, a partir desta quinta-feira, 18, com o objetivo de intensificar a fiscalização e o combate às queimadas na região.

A operação envolve o Batalhão Ambiental e o Batalhão Rural da Polícia Militar, além de outros órgãos parceiros, e seguirá pelas próximas três semanas, até que o período de chuvas se torne regular.

O major Sayro, do CBMGO, informou ao Jornal Opção, que, “a partir da segunda quinzena do mês de outubro, segundo o Cimehgo, já teremos chuvas mais regulares, eliminando o risco de incêndios, e essa fiscalização começa a ficar mais desnecessária para o caso dos incêndios”.

O major destacou que a presença do Corpo de Bombeiros no parque é constante desde maio. “O Corpo de Bombeiros está presente como equipe fixa desde o mês de maio, fazendo essa ação de prevenção e resposta aos incêndios. Agora, no último incêndio, que começou na divisa com Goiânia, na região da Chácara Vale dos Sonhos, conseguimos mobilizar 20 militares especialistas e utilizamos a aeronave do Graer, da Polícia Militar”, afirmou.

Sobre os focos de incêndio registrados em 2025, Sayro explicou: “Este ano a gente teve dois incêndios ali. Um no Parque Estadual do João Leite e um no Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco. O termo criminoso a gente só pode falar depois que é feito todo um processo de investigação e gerada a culpabilidade a alguém. Mas podemos garantir que esses incêndios têm origem antrópica. Ou seja, foram causados pelo ser humano, de forma intencional ou não”.

O major ainda alertou a população sobre os riscos no período de estiagem. “Mesmo com a redução da temperatura e uma elevação da umidade do ar por conta das últimas chuvas, isso não vai continuar por muito tempo. O essencial é que a gente redobre os cuidados e elimine o uso do fogo, até porque ele está proibido pelo decreto do Governo de Goiás até o final de outubro. Qualquer uso do fogo hoje, em propriedades, áreas rurais ou unidades de conservação, pode se transformar em incêndio descontrolado”, destacou.

Em nota à reportagem, a Semad reforça que o PEAMP abriga formações típicas do Cerrado, como a Floresta Estacional Semidecidual e Matas de Galeria, e registra mais de 485 espécies de plantas e cerca de 290 espécies de animais, e espécies ameaçadas, como tamanduá-bandeira, lobo-guará e suçuarana.

Junto ao Parque Estadual João Leite, a área soma 4.964 hectares. Em 2024, incêndios afetaram aproximadamente 800 hectares; em 2025, até o momento, foram pouco mais de 400 hectares.

Entre as estratégias de prevenção e combate, a secretaria destaca a construção de aceiros, queimas prescritas controladas, treinamento de brigadas, ações de educação ambiental e fiscalização. Mais de 90% dos incêndios no período seco têm origem antrópica, segundo a Semad.

O CBMGO e a Semad reforçam a importância da colaboração da população na preservação do parque. Denúncias podem ser feitas pelos telefones de emergência: 193 (Bombeiros), 190 (Polícia Militar) e 197 (Polícia Civil).

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