A Associação para Recuperação e Conservação do Ambiente (ARCA), em parceria com mais de 30 entidades, promoveu neste sábado, dia 28, às 16h, a primeira Marcha por Justiça Climática em Goiânia. Apesar da participação popular ter sido modesta, o presidente da ARCA, Gerson Neto, afirmou que “o esforço valeu a pena.”

Gerson Neto, presidente da ARCA e um dos organizadores do evento, destacou os quatro principais pontos a serem apresentados e reivindicados:

  • Desmatamento zero – É necessário parar o desmatamento e recuperar áreas já degradadas. “O meio ambiente e o clima não suportam mais tanto desmatamento”, afirmou.
  • Valorização dos órgãos ambientais – “Essa valorização é crucial para termos maior fiscalização e mais efetividade nas políticas públicas de recuperação e conservação ambiental”, frisou Gerson.
  • Valorização das agroflorestas – Ele defendeu mais agroflorestas e o uso reduzido de agrotóxicos.
  • Responsabilização dos responsáveis pela degradação ambiental – “Não é aceitável que os responsáveis por queimadas, por exemplo, fiquem impunes”, avaliou.

Gerson ressaltou que o objetivo da marcha é conscientizar não apenas o poder público, mas toda a sociedade sobre a importância da sustentabilidade e da viabilidade de vida para todas as espécies, incluindo o ser humano. O ponto de encontro foi no Parque Vaca Brava, no Setor Bueno.

Os vereadores Kátia Maria e Fabrício Rosa, ambos do PT, também marcaram presença no evento.
Para a vereadora Kátia Maria, a questão climática é uma emergência global. “Estamos enfrentando uma grave crise, e Goiânia não está fora disso. Nos últimos 20 dias, quase todos os parques da capital sofreram com incêndios”, ressaltou.

Kátia Maria destacou que é autora do projeto de recuperação do Rio Meia Ponte e do projeto de lei que cria o Fórum Goianiense de Mudanças Climáticas. “Toda a sociedade precisa se engajar nesse tema, que trata tanto do nosso presente quanto do nosso futuro”, enfatizou.

Os números de queimadas ao redor de Goiânia são alarmantes, com mais de 10 mil focos. Em todo o estado de Goiás, já foram registrados 13.048 focos, sendo que Goiânia é responsável por cerca de 78% desses casos.

“Segundo investigadores, há fortes indícios de que a quase totalidade desses incêndios seja criminosa. Precisamos entender quais são as motivações por trás desses atos”, destacou Gerson.