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Faleceu nesta quinta-feira, 4, aos 93 anos, Maria Carmelita Fleury Curado (1932-2025), viúva do escritor Bernardo Élis, único goiano a ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras (ABL). Por disposição expressa em testamento, não haverá velório nem sepultamento. A cremação acontece nesta sexta-feira, 5, sem cerimônia, e as cinzas serão levadas ao Mausoléu da ABL, no Rio de Janeiro, onde descansarão ao lado do marido.

Nascida na cidade de Goiás, Maria Carmelita construiu uma trajetória como professora, religiosa e escritora antes de se casar, há mais de 40 anos, com Bernardo Élis. A partir da união, dedicou-se integralmente à preservação da obra do romancista, autor de O Tronco.

Em 2019, já idosa e preocupada com o destino do legado do marido, fez um apelo ao primo Bento Fleury, historiador e atual presidente do Instituto Cultural e Educacional Bernardo Élis para os Povos do Cerrado (Icebe), para que desse continuidade à missão de manter viva a memória do escritor. Desde então, tornou-se presidente de honra do Instituto.

Além da atuação em defesa do acervo de Bernardo, Maria Carmelita também publicou livros próprios, como Patife e Seus Amores (infantil) e O Pároco (romance).

Familiares e amigos, dentre eles Bento Alves Araújo Jayme Fleury Curado, pedem orações e pensamentos de paz em sua memória.