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Luan Monteiro

O promotor de Justiça Umberto Machado de Oliveira arquivou o inquérito que apurava possíveis irregularidades na construção do Hospital do Servidor Público de Goiás. A investigação foi aberta em 2019 após representação encaminhada pelo Fórum de Entidades em Defesa dos Servidores Públicos, Militares, Pensionistas e Serviços Públicos de Goiás.

Segundo o Fórum, em dezembro de 2014, o Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás (Ipasgo) celebrou o contrato com a empresa Oliveira Melo Engenharia e Construções para a construção do hospital. A obra teria o custo de R$ 67 milhões e deveria ser entregue em abril de 2016.
A inauguração, no entanto, só foi realizada em março de 2018. Já em maio de 2019, mais de 50 meses após o início das obras, o hospital ainda não estava terminado tendo, no primeiro pavimento, condições de uso temporário e sem acabamento pronto.

A representação ainda aponta que o custo da obra teria chegado à R$ 84 milhões, quase R$ 20 milhões a mais que o previsto inicialmente. A construção foi suspensa em dezembro de 2018, apesar do longo tempo e do alto valor já empregado.

O promotor de Justiça, por sua vez, alega que passado o longo tempo, a situação do inquérito mudou. Ele também afirma que houve investigação do caso pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), que afastou a responsabilidade de agentes públicos apontados inicialmente no inquérito.

Para Umberto, não foi possível aferir o dolo, com grau de certeza, para justificar pedido de ressarcimento por parte dos investigados. O promotor também afirma que todo o prejuízo sofrido pelo Ipasgo na construção da unidade de saúde foi compensado com a venda do hospital para o Estado de Goiás.