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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou não haver dúvidas sobre a concretização de uma tentativa de golpe de Estado pelos réus acusados da Ação Penal 2668. Segundo Moraes, o grupo tentou se perpetuar no poder ao contrário do interesse público. 

A declaração ocorreu no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em mais sete acusados pelos crimes de tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado democrático de direito. 

Entre as provas estão: a utilização do poder público para desacreditar o sistema eleitoral, bem como fiscalizar as oposições durante a campanha; a ação indevida da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para barrar eleitores de ter acesso às urnas em cidades do Nordeste brasileiro; as ameaças ao Judiciário proferidas por réus do processo; a redação e planejamento da operação “Punhal Verde Amarelo”, “Operação Luneta”, “Operação 142” o “Discurso do pós-golpe” e a minuta do “Golpe de Estado” através da Garantia da lei e da ordem (GLO).

Segundo o ministro, os réus teriam feito ações executivas para desacreditar as urnas eletrônicas a fim de manter na presidência. “A partir de junho de 2021, [os réus] dessa organização criminosa passaram a se reunir e utilizar tanto a ABIN [Agência Brasileira de Inteligência Nacional] quanto o GSI [Gabinete de Segurança Institucional] para a estruturação, criação e divulgação dessa narrativa mentirosa.”

Veja o trecho da fala

Fonte: TV Justiça

Delação de Mauro Cid

Anteriormente, o ministro Alexandre de Moraes havia refutado críticas sobre a delação premiada do ajudante de ordens do Bolsonaro, Mauro Cid. Segundo o ministro, possíveis omissões dolosas não acarretam nulidade das entrevistas.

Veja o trecho da fala

Fonte: TV Justiça

Leia também: Julgamento de Jair Bolsonaro é retomado com exposição e voto de Alexandre de Moraes

Moraes afirma que todas as provas apuradas estão desde o início no processo