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O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta semana o julgamento da Ação Penal nº 2.668, que apura uma suposta trama golpista atribuída ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus, acusados de tentar anular o resultado das eleições de 2022.

As sessões ocorrerão nos dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro, sempre na Primeira Turma do STF, sob a presidência do ministro Cristiano Zanin. O relator do caso, Alexandre de Moraes, abrirá os trabalhos com a leitura do relatório. Em seguida, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, terá até duas horas para apresentar a acusação. Depois, cada advogado de defesa poderá falar por até uma hora. A expectativa é que a primeira semana seja dedicada às sustentações orais, com o voto do relator previsto para 9 de setembro.

Os réus

  • Jair Bolsonaro: acusado de liderar o plano golpista para se manter no poder.
  • Walter Braga Netto: ex-ministro, único réu preso; teria financiado acampamentos e apoiado plano para assassinar Moraes.
  • Paulo Sérgio Nogueira: ex-ministro da Defesa; teria apresentado decreto que previa anular as eleições.
  • Anderson Torres: ex-ministro da Justiça; teve em sua casa a “minuta do golpe”.
  • Augusto Heleno: ex-ministro do GSI; teria participado de ações para desacreditar as urnas.
  • Almir Garnier Santos: ex-comandante da Marinha; acusado de colocar tropas à disposição do plano.
  • Mauro Cid: ex-ajudante de ordens; delator, participou de reuniões e trocas de mensagens sobre o golpe.
  • Alexandre Ramagem: ex-diretor da Abin; responde por três crimes ligados à propagação de notícias falsas e organização do grupo.

Acusações

Os réus respondem por tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, participação em organização criminosa armada, além de crimes contra patrimônio público.