Saiba o que pensam os palestinos sobre o plano de cessar-fogo de Trump

04 outubro 2025 às 11h08

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Há praticamente dois anos, os palestinos em Gaza anseiam pelo fim da guerra, que matou dezenas de milhares de pessoas. A maior esperança de muitos até o momento é o mais recente plano de cessar-fogo proposto pelos Estados Unidos. O Hamas entregou sexta-feira, 3, a resposta que aceita libertar todos os reféns ainda sob seu poder e entregar a administração do enclave para um órgão tecnocrata independente palestino. Porém, condicionou outros termos à negociação apresentados pelo presidente Donald Trump.
Trump disse que, se o Hamas não aceitasse os termos, daria sinal verde a Israel para “terminar o trabalho” de destruir o grupo armado. O líder americano estipulou até às 19h de domingo como prazo final para a resposta, durante uma reunião com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na Casa Branca, na última segunda-feira, 29.
O plano exige que o Hamas liberte todos os reféns restantes capturados durante o ataque de 7 de outubro de 2023 ao sul de Israel dentro de 72 horas após a proposta entrar em vigor. Isso inclui cerca de 20 sequestrados que ainda estariam vivos e os corpos de cerca de 25 outros. Em troca, Israel libertária cerca de 250 prisioneiros palestinos que cumprem penas de prisão perpétua em Israel, mais 1.700 moradores de Gaza detidos durante a guerra e os restos mortais de 15 prisioneiros de Gaza para cada refém israelense cujo corpo fosse devolvido.
Mas a proposta contém vários elementos que o Hamas disse serem inaceitáveis, incluindo uma exigência de desarmamento e de que o órgão de administração fosse liderado por um grupo internacional.
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