O vice-prefeito de Porangatu, Marcilio Costa Pires, conhecido como Capitão Pires, em entrevista para a Rede Serra Azul, comentou sobre a sua participação nos protestos que resultaram nas invasões às sedes dos Três Poderes, ocorridas no último domingo, 08. Além de ter postado fotos durante os atos antidemocráticos, ele ainda comentou em um grupo que estava no local para ver as manifestações de perto. 

“Neste último domingo, aconteceu algo que fugiu de qualquer tipo concepção humana de uma pessoa que se diz cidadão de bem”, disse Capitão Pires, durante o jornal A Nossa Voz. O vice-prefeito de Porangatu ainda justificou a sua presença nas manifestações com base no direito de ir e vir. 

Pires também negou que convocou manifestantes para os atos que resultaram nas invasões do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF). “Tenho uma residência lá porque tenho uma filha de cinco anos, cardiopata e autista, que precisa de tratamentos complexos. Nosso município (Porangatu) não oferece a gama de tratamentos necessários e por isso preciso me deslocar. Esse é um dos motivos pelo qual eu estava em Brasília, bem antes da manifestação, não fui para fazer turismo”, explicou o político.

Ele afirmou que foi para a manifestação com a esposa apenas no final da tarde de domingo, após tomar conhecimento por meio das redes sociais. Além de garantir que não participou de nenhuma invasão aos prédios públicos, estando apenas próximo da família. 

“Participar de atos de vandalismo não condiz com a minha integridade, sou militar do exército, sou treinado para coibir os tipos de atos que ocorreram por lá. Queria registrar, como mostrei na minha foto, minha participação vendo o pessoal. Quando senti que as forças de segurança montaram uma força de repressão para a baderna, eu fui embora”, contou o capitão. 

Sobre o caso, a Prefeitura de Porangatu divulgou uma nota dizendo que “reprova veementemente qualquer ato que venha contra a nossa Carta Magna e os poderes constituídos em nossa nação”.  Já a prefeita Vanuza Valadares também se manifestou contra os atos golpistas. “A história da democracia brasileira ganha um capítulo lamentável”, disse por meio das redes sociais.

A respeito da nota e fala da gestora, Pires disse que o nome dele não foi citado em ambos os comunicados e que também repudia os atos que ocorreram em Brasília.