O senador Vanderlan Cardoso (PSD) falou com o Jornal Opção sobre o momento de discussão política para o ano de 2024 e reconheceu a naturalidade da indicação de seu nome por colegas e parte da imprensa, mas declarou que ainda é cedo para falar do assunto. “No momento certo pretendo estar discutindo candidatura, no próximo ano, lá para janeiro, fevereiro”, declarou.

Apesar de deixar o debate para o futuro, ele considera “natural” que seu nome seja referenciado, especialmente por já ter sido candidato anteriormente.

Mesmo sem se aprofundar nas conversas sobre 2024, o senador pontua que mantém o assunto nos bastidores, especialmente com aliados importantes. É o caso do também senador por Goiás, Wilder Morais (PL). “Conversamos todos os dias e falamos sobre projetos. Muitas das vezes nas conversas discutimos se ele toparia, se seria candidato”, pontua.

Movimentações de bastidores apontam para possível quebra de parceria, com Wilder caminhando para abandonar Vanderlan e apoiar Gustavo Gayer (PL) para a Prefeitura. Para Vanderlan, porém, a aliança firmada com Wilder desde 2020 – quando os dois formaram, juntos, chapa para disputar a prefeitura de Goiânia – tem sido um sucesso e deve ser mantida no futuro.

Ele considera que a parceria firmada em 2022 foi “fundamental”. Ainda que o presidente do PSD, Vilmar Rocha, tenha sido candidato ao Senado nesse ano, Vanderlan se aliou a Wilder, especialmente a partir do segundo turno, para reforçar projeto de reeleição do então presidente Jair Bolsonaro.

“Temos aliança desde 2020. Em 2018 não estivemos juntos, mas desde então o companheirismo é pra que a gente possa se apoiar. A tendência é caminhar juntos para o futuro em 2024, 2026. E é a intenção do Wilder também”, projeta.

“Traição”

Ao Jornal Opção, Vanderlan também pountou que recentes questões de desencontro nas eleições para a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado não foram encaradas como traição, conforme veiculado por parte da imprensa.

Segundo Vanderlan, Wilder realmente não deu voto para que Vanderlan – candidato único – fosse presidente, mas por uma questão natural da política. “Simplesmente o bloco dele decidiu se abster da votação, é normal. Mas Wilder fez questão de ir lá dar presença, para que houvesse a eleição. Se absteve porque não teve acordo, mas de forma alguma entendi como traição”, declara.