Um poço de água azul, profundo e cercado por lendas, tem despertado curiosidade e fascínio entre exploradores e moradores da região de Posse, no nordeste goiano. Conhecido como Poço da Camisa, o atrativo natural está localizado dentro de uma caverna em área privada e é considerado de altíssimo risco para visitação.

O terreno instável, com possibilidade de desprendimento de blocos de rocha, exige cautela. O especialista em cavernas Lobo recomenda que qualquer iniciativa turística só seja considerada após a elaboração de um plano de manejo espeleológico, com estudos sobre segurança geológica, hidrologia, biota e composição química da água.

Apesar do apelo visual e do mistério que envolve o local, que muitos acreditam estar ligado ao aquífero Urucuia, responsável por abastecer parte do Centro-Oeste, a exploração turística foi descartada por quem conhece bem a área.

A atividade turística no poço foi considerada inviável para o turismo comercial devido às características do local. O acesso é difícil, exigindo uma trilha de aproximadamente 1 km por dentro de uma fazenda, seguida de um trecho final que requer rapel direto na água.

Esse tipo de atrativo é indicado apenas para um público muito específico, com experiência em atividades de aventura. Além disso, o ambiente é considerado delicado e sensível, o que torna inadequado o recebimento de fluxo constante de visitantes. Diante desses fatores, optou-se por não seguir com a exploração turística do local, priorizando sua preservação.

O interesse pelo Poço da Camisa não é recente. Desde os anos 1990, exploradores franceses já haviam catalogado o local e levantado hipóteses sobre sua conexão subterrânea com grandes reservas de água da região.

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