Grupo criminoso é preso suspeito de aplicar golpes financeiros em mais de 100 pessoas
24 agosto 2022 às 16h10
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Uma associação criminosa foi presa pela Polícia Civil (PC) suspeita de aplicar golpes milionários em mais de 100 pessoas a partir de falsas empresas financeiras no estado. Num deles, o grupo captou R$ 2 milhões de clientes. Segundo as investigações, a quadrilha prometia dar o valor total do bem que a vítima queria comprar, como veículos, pegavam valores como entrada e fechavam os escritórios. O curioso é que, para comemorar, os criminosos fizeram uma confraternização, regadas a bebidas alcoólicas, energético e armas de fogo, para celebrar o recorde.
As detenções ocorreram na terça-feira, 23. Foram sete mandados de busca e apreensão e seis de prisão preventiva, cumpridos em Goiânia e Anápolis. A investigação durou seis meses. O delegado Guilherme Conde explicou ao Jornal Opção que eles abriram cinco empresas no período de um ano e meio. Os escritórios eram localizados em prédios comerciais e esteticamente bem apresentados.
“Contudo, após o repasse dos valores, os prejudicados eram informados sobre o fechamento das empresas, permanecendo com o prejuízo. Ocorre que os criminosos rapidamente “abriam” novas financeiras, em outros endereços, persistindo na prática dos golpes”, disse.
De acordo com o delegado, dois coordenadores foram presos, três captadores e uma pessoa que atuava na parte financeira. Guilherme informou que os líderes ficaram em silêncio durante o depoimento. Os outros investigados confessaram envolvimento com o golpe.
Nas redes sociais, os investigados chegaram a publicar uma foto para comemorar a “quebra de recordes” após conseguir R$ 2 milhões das vítimas. Também na internet, um dos líderes postava fotos com várias armas de fogo.
A partir do cumprimento dos mandados foram apreendidos três veículos de luxo, os quais foram adquiridos com o proveito dos crimes, além de máquinas de cartão e uma vasta gama de documentos. As empresas investigadas possuem ramificação em outros estados, gerando suspeitas da existência de uma pirâmide financeira.
Conde pontuou que o prejuízo causado ainda é incalculável. Os valores que cada pessoa perdeu ainda estão sendo computados.