Em entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira, 14, o governador de Goiás Rolando Caiado (UB) disse que as medidas anunciadas para reduzir a violência nas escolas do estado estão valendo. O projeto de lei foi encaminhado para a Assembleia Legislativa de Goiás na quinta-feira,13. Tramitação deve levar em torno de dez dias.

Ao longo da semana, Caiado já havia sinalizado para os professores e servidores da educação a autorização para as medidas. Além da revista, foram repassados para os conselhos de educação verbas para a compra de bastões detectores de metais para auxiliar nas buscas.

Além das medidas de segurança, o governador reforçou a agilidade das ações e pediu tranquilidade a pais, responsáveis, estudantes, professores e toda comunidade escolar. “Faço um pedido: continuem na sala de aula. Eles não podem destruir essa geração de jovens do nosso estado. A nossa polícia é competente, está usando as ferramentas mais sofisticadas e está com dedicação exclusiva para debelar esses focos de intimidação às pessoas”, afirmou.

Sobre o ambiente virtual, Caiado voltou a defender que as redes sociais sejam responsabilizadas, argumentando que esses canais têm competência para rastrear fake news e postagens que incitam crimes. “Não enfrentamos uma pandemia para nos curvar diante de marginais que se escondem na internet”, disse. Os alunos que forem denunciados como autores de postagens de incitação à violência e discursos de ódio poderão ser processados. Os pais também devem ser chamados para prestar depoimentos.

Ataques

Nesta semana, um adolescente que atacou e feriu dois alunos em Santa Tereza de Goiás, no Colégio Estadual Dr. Marco Aurélio foi contido pela equipe do colégio e apreendido pela Polícia Militar de Goiás. Os alunos feridos foram levados para o Hospital Municipal Tarciso Liberte e não correm risco de morte.

No mesmo dia, um jovem de 16 anos foi apreendido em Rio Verde, no sudoeste do estado, após compartilhar nas redes sociais ameaças de massacre a duas escolas públicas da cidade. De acordo com a Polícia Civil, o adolescente ainda publicava foto de armas, causando pavor e aterrorizando pais, alunos e professores, bem como toda a sociedade e afirmava que mataria pessoas nos estabelecimentos.

Confira as medidas que foram adotadas no projeto de lei:

Entre as medidas, o projeto prevê o atendimento de professores e estudantes por serviço de psicologia; campanhas de combate ao bullying; instalação de câmeras de monitoramento nas unidades de ensino; utilização de detectores de metais; interlocução com redes sociais e páginas da internet para a remoção instantânea de conteúdos impróprios e de apologia ao crime; e, em caso de episódios de violência, a responsabilização civil, penal e administrativa do agressor e dos pais ou responsáveis. Participaram da construção da Política Estadual de Prevenção e Combate à Violência Escolar a Procuradoria-Geral do Estado (PGE), a Casa Civil, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e a Secretaria de Segurança Pública (SSP).