O Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO) demitiu na última sexta-feira, 12, o servidor Marinho da Rocha Filho, que atuava na Gerência de Regularização de Veículos. O funcionário foi alvo de investigação por suspeita de corrupção. De acordo com apuração do Serviço de Inteligência, ele atuava em um esquema de cancelamento de multas de trânsito.

Marinho cobrava de 30% a 40% do valor da multa ou o valor fixo de R$ 200 para cancelar as infrações. “Estamos alertas e totalmente intolerantes com condutas ilícitas no órgão. E atuamos, paralelamente a estas investigações, para melhorar nosso sistema de segurança e evitar qualquer tipo de desvio”, lembrou o presidente do Detran-GO, Delegado Waldir.

O Detran-GO encaminhou para a Polícia Civil e para o Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) mais de 40 investigações sobre atos irregulares praticamente por serviços da autarquia.

A reportagem não conseguiu localizar a defesa de Marinho da Rocha Filho. O espaço segue aberto.

Outros servidores afastados

Nesse esquema de cancelamento de multas de trânsito, 3 servidores haviam sido afastados em dezembro e um havia sido exonerado. A Polícia Civil continuou investigando o caso pela suspeita de participação de outras 12 pessoas, que contratavam os serviços.

Na época, delegado Waldir afirmou que tomou precauções para evitar problemas futuros. Agora, procedimentos importantes, como cancelamentos de multas e pontuações, passam por verificações em etapas adicionais.

Segundo as apurações, um dos servidores envolvidos tinha acesso a um sistema do Detran-GO usado para cumprir decisões judiciais que determinavam o cancelamento de determinadas infrações. O grupo, então, se aproveitava dessa permissão e cancelava multas diferentes das que haviam sido determinadas pela justiça.