Sob o comando da deputada Bia de Lima (PT), a Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) realizou nesta sexta-feira, 31, a audiência pública sobre a situação atual do Instituto de Assistência dos Servidores Públicos de Goiás (Ipasgo). Atendendo uma determinação do Tribunal de Contas (TCE), o instituto deve deixar de ser uma autarquia estadual para se transformar em um Serviço Social Autônomo (SSA).

Na ocasião, Bia de Lima convidou para compor a mesa vários representantes de entidades, dentre eles, o presidente do SindPúblico, Nylo Sérgio Nogueira; o presidente do SindJustiça, Fabrício Duarte; a presidente do SindSaúde, Néia Vieira e, ainda, o presidente do SindGestor, Hugo Godinho. O deputado Mauro Rubem (PT) também participou e fez defesa em favor do Ipasgo .

A deputada Bia de Lima ressaltou que todas as entidades representativas dos servidores públicos estão sendo chamadas, “tendo em vista que esta é uma matéria que atinge frontalmente os servidores, os agregados, as 600 mil vidas protegidas e não podemos simplesmente aguardar a chegada do projeto aqui para só depois conhecer o que será, porque daí pode ser tarde demais”.

A parlamentar ressaltou ainda a importância de uma ampla discussão com as entidades representativas sobre o teor da matéria. O governo estadual convocou audiência para o próximo dia 10 de abril. Bia de Lima comentou que sua grande preocupação é com os prejuízos que a medida pode trazer, pois de acordo com ela, ao se tornar regido pelas mesmas regras da Agência Nacional de Saúde (ANS), o Ipasgo consequentemente vai sofrer reajustes aplicados em âmbito nacional e, geralmente esse não é o mesmo reajuste dos vencimentos.

O presidente do SindiPúblico reforçou a ideia de que o maior temor que existe hoje é quanto aos aumentos sucessivos sugeridos pelo órgão. Além disso, o representante do SindiPúblico garantiu que “outro ponto que também está preocupando todos os servidores é a realocação dos servidores efetivos, uma vez que passando para a natureza privada, o servidor efetivo não pode trabalhar mais lá. Até no anteprojeto de lei que foi disponibilizado ontem, não consta nada relacionado aos servidores, então eles estão totalmente no limbo”.