O secretário de Educação do município de Luziânia, Tiago Ribeiro Machado, foi suspenso do cargo por 180 dias, após decisão judicial. Segundo denúncia do Ministério Público de Goiás (MP-GO), Machado é acusado de contratar escritório de advocacia de ex-procuradora de forma direta, fora das regras previstas na Lei de Licitações e Contratos Administrativos.

O promotor Julimar Alexandro da Silva ofereceu denúncia contra Machado e a advogada Thaís Moraes de Sousa, em abril deste ano. Segundo o documento de acusação, o contrato com o escritório de advocacia era de R$ 204 mil e foi firmado dias depois de a ex-procuradora ser demitida.

A Justiça acatou a denúncia do MP-GO “Consta que Tiago, aproveitando-se do cargo, organizou procedimento administrativo célere e simplificado e, inserindo em documento público declarações falsas, promoveu a contratação, em agosto de 2021, da ‘Thais Moraes de Sousa Sociedade Individual de Advocacia’”, afirma a juíza Luciana da Silveira, em sua decisão.

Ainda segundo a magistrada, a empresa contratada é representada pela advogada Thaís, “Procuradora-Geral do Município até julho de 2021 e Advogada dele ao longo da campanha eleitoral de 2020”, detalha o documento. Na decisão, além do afastamento de Tiago Ribeiro da Secretaria de Educação, a juíza determinou o bloqueio de bens dos dois denunciados, no valor total de R$ 704 mil, e a suspensão do contrato com o escritório de advocacia.

Solicitando posicionamento, o Jornal Opção entrou em contato com o prefeito de Luziânia, Diego Sorgatto, por ligação e mensagem, mas não obteve resposta. Por telefone, o gabinete do prefeito indicou um número que seria da assessoria de comunicação da prefeitura. No entanto, ao entrar em contato, a reportagem não obteve retorno.