Vereadoras apresentam projetos para combater violência contra mulheres em Goiânia

22 fevereiro 2023 às 09h36

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As vereadoras Sabrina Garcez (Republicanos) e Kátia Maria (PT) apresentaram dois projetos nesta semana para o combate à violência contra mulheres em Goiânia. Respectivamente, as propostas nomeadas como “Nenhuma a Menos” (PL 001/2023) e “Não é Não” (PL 042/2023) se inspiram nos protocolos de segurança do caso Daniel Alves, ocorrido em Barcelona, na Espanha.
“A partir do caso envolvendo o jogador Daniel Alves, a nossa equipe se debruçou sobre os protocolos espanhóis para adequarmos eles para a realidade goianiense”, contou Sabrina sobre o projeto “Nenhuma a Menos”, em contato com o Jornal Opção. “O objetivo é combater a violência física e sexual em espaços de lazer, principalmente os noturnos”, completou.
Dessa forma, ela ressaltou que a ideia é trabalhar com locais como bares, restaurantes, pubs e casas noturnas para desenvolver protocolos similares. Por exemplo, como acolher e realizar a segurança da vítima no momento imediato que ela sofreu a violência.
“Primeiro uma atenção prioritária imediata à vítima para coibir a violência, depois identificar e responsabilizar o agressor. Temos uma série de mecanismos para isso, como qualificações dos trabalhadores desses locais, além de uma rápida comunicação com as forças policiais, tanto a Guarda Civil Metropolitana (GCM) quanto a Polícia Militar de Goiás (PMGO)”, explicou a parlamentar, ressaltando que também não é possível jogar todas responsabilidades para os espaços, mas para que haja um trabalho em conjunto para defender a mulher.
A vereadora também destacou que o nome do projeto foi uma homenagem ao movimento latino-americano “Ni Una Menos (Nenhuma a Menos)”. “A nossa intenção foi homenagear a luta dessas mulheres da América Latina. Então, em homenagem a esse movimento que já existe, colocamos esse nome no projeto”, justificou.
O movimento “Ni Una Menos (Nenhuma a Menos) surgiu após o assassinato da adolescente argentina Chiara Páez, 14 anos, que estava grávida e foi morta pelo namorado de 16 anos, em 2015. Mas o “estopim” das manifestações foi em 2016, quando Lucía Perez, 16, foi encontrada morta depois de ser drogada e violentada por dois homens, também na Argentina.
“Não é Não”
No mesmo sentido, o projeto apresentado por Kátia Maria também sugere que a Prefeitura de Goiânia crie um protocolo para estabelecimentos agirem na identificação e no acolhimento de vítimas de violência. “Trabalhadores de bares e boates devem ser treinados para reconhecer possíveis vítimas e atuar com rapidez, preservando a integridade física da mulher”, explicou a parlamentar.