Vai e vem: confira como está a situação de cada vereador após a abertura da janela partidária

15 março 2024 às 14h04

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Com a abertura da janela partidária na última quinta-feira 7, alguns vereadores já definiram o seu destino visando as próximas eleições. Só que boa parte dos parlamentares ainda está em busca da chapa ideal para concorrer à reeleição. Muitos ainda estão indecisos e avaliam cautelosamente as opções de legendas disponíveis para ingressarem.
O grande problema seria “driblar” a regra do quociente eleitoral para permanecer na Câmara Municipal de Goiânia por mais um mandato. Com as normas eleitorais atuais, um candidato só consegue se eleger se o partido atingir uma quantidade mínima de votos. Esse mínimo é o resultado do cálculo entre todos os votos válidos e cadeiras disponíveis.
Por isso, muitos candidatos temem entrar em partidos menores e que podem não atingir o número de votos mínimos. Ao mesmo tempo, eles não querem siglas cheias de grandes nomes e com chapas extremamente competitivas. Muitas legendas também não querem políticos com mandato para não assustar os demais filiados que desejam disputar o pleito.
Visando essa situação, o Jornal Opção construiu um novo panorama momentâneo a respeito da situação partidária de cada vereador em Goiânia. Lembrando que os planos dos parlamentares podem mudar em um piscar de olhos, dependendo das oportunidades.
Confira:

Aava Santiago (PSDB) é a única vereadora tucana na Câmara e deve permanecer no PSDB para disputar a reeleição para vereador. Ao contrário das inúmeras especulações, não há expectativa de que ela entre alguma chapa para disputar a prefeitura de Goiânia.

Apesar da chapa do Solidariedade ser visto como uma das mais concorridas para as eleições deste ano, Anderson Sales (Solidariedade) se vê como um dos principais nomes. A expectativa é de que ele siga no partido e dispute a reeleição para o Legislativo.

Decano na Casa, Anselmo Pereira (MDB) está em seu décimo mandato como vereador e não pretende parar os trabalhos. Ele segue firme na chapa do Mobilização Democrática Brasileira (MDB) e está em busca de mais quatro anos como parlamentar na capital.

Mesmo com a fusão do Patriota com o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) que resultou no Partido Renovação Democrática (PRD), Cabo Senna (PRD) segue na nova legenda. Ele será um dos montadores de chapa ao lado de Romário Policarpo e Markim Goyá.

A expectativa é de que a bancada emedebista siga no partido para as eleições, incluindo Denício Trindade (MDB). Entretanto, a sigla está montando uma chapa considerada “pesada” e informações indicam que o parlamentar deseja ir para o União Brasil.

Até o momento, nenhuma conversa indica que Dr. Gian (MDB) pretende mudar de partido visando as eleições deste ano. Principalmente por conta do cenário de escassez de chapas, no qual várias legendas estão recusando vereadores com mandato.

Edgar Duarte (PMB) pode ficar no Partido da Mulher Brasileira (PMB) com a saída de Santana Pires da presidência estadual. Ele ainda faz parte de um grupo de vereadores que busca uma chapa. Outras possibilidades: Solidariedade, Progressistas, PRD e Podemos.

Um dos seis parlamentares do MDB na Câmara, Henrique Alves (MDB) permanece no partido para disputar as eleições. Ex-presidente metropolitano do partido, o parlamentar também deixou claro que apesar da chapa ter vários vereadores, ela precisa ser “justa”.

Por isso, Igor Franco (Solidariedade) é um dos nomes barrados para filiação no MDB, fora a questão das cassações de parlamentares. O vereador também não deve permanecer no Solidariedade e estuda outras opções, como o Partido Social Democrático (PSD).

Isaías Ribeiro (Republicanos) foi o vereador mais votado nas últimas eleições municipais em Goiânia e segue firme no Republicanos em busca da reeleição. Ele é considerado um dos cabeças de chapa da legenda do presidente estadual Roberto Naves.

Considerado um dos vereadores representantes dos servidores da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), Izídio Alves (MDB) terá concorrência nas eleições. Não só na chapa do MDB, mas outros nomes que devem dividir votos na empresa pública.

Suplente do Geverson Abel (Republicanos), atual titular da Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Economia Criativa (Sedec), Jaiminho (Avante) deve permanecer na Casa até volta do secretário em abril. Só que ele já garantiu que deve se filiar no Agir.

Joãozinho Guimarães (Solidariedade) quer continuar no Solidariedade, mas avalia a possibilidade de compor um grupo de vereadores que está em busca de uma chapa. Caso decida deixar o partido, existe possibilidade de ir para o Progressistas, Podemos ou PRD.

Juarez Lopes (PDT) até conversou com representantes do MDB, mas o seu desejo é continuar como cabeça de chapa do Partido Democrático Trabalhista (PDT). Só que a possibilidade da Dra. Cristina disputar o pleito para vereador pode atrapalhar os planos.

Presidente estadual do Partido dos Trabalhadores (PT) em Goiás, Kátia Maria (PT) não sai de jeito nenhum da legenda. No momento ela está focada na construção de chapas para o Executivo e Legislativo não só de Goiânia, mas dos outros municípios goianos.

Líder da bancada emedebista, Kleybe Morais (MDB) segue na chapa que pretende eleger 12 vereadores nesta eleição. Ele é um dos vereadores que articula com o líder metropolitano Agenor Mariano e presidente estadual, vice-governador Daniel Vilela.

Leandro Sena (Solidariedade) era um dos vereadores que estava sem partido até o final de 2023, mas ingressou no projeto do Solidariedade. Além dele, Ronilson Reis e Gabriela Rodart também se juntaram a legenda do presidente estadual Denes Pereira na época.

Após ser eleita pelo Democracia Cristã (DC), Léia Klebia (Podemos) corre riscos de perder o mandato por suposta fraude à cota de gênero. Apesar da situação, não há indícios que ela pretende sair do Podemos e deve participar da construção da chapa de vereadores.

Sem partido desde que saiu do Republicanos, Léo José (sem partido) pode seguir com o grupo de vereadores que busca um partido, mas também conversou com o Marconi Perillo. Opções: Solidariedade, PRD, Podemos, Progressistas, PSDB e Cidadania.

Focado em sua pré-candidatura a prefeito de Goiânia, Lucas Kitão (PSD) não pensa em sair do Partido Social Democrático (PSD) no momento. Anteriormente, antes de anunciar que seria pré-candidato na capital, ele havia conversado com representantes do MDB.

Por outro lado, Luciula do Recanto (PSD) já havia confirmado anteriormente para o Jornal Opção que se juntará ao MDB. Ele contou que recebeu um convite do vice-governador Daniel Vilela e que está feliz com a valorização dentro da sigla.

Outro que pode ser cassado é Pastor Wilson (PMB), que aguarda a definição do processo para concretizar a sua busca por um partido. Atualmente ele está conversando com o PRD de Policarpo sobre a possibilidade de filiação.

Membro do grupo de vereadores que busca uma chapa, Paulo Henrique da Farmácia (Agir) também batalha contra a cassação do mandato. Com a saída do Agir, ele pode se filiar no Progressistas, Solidariedade, PRD e Podemos com outros parlamentares.

Único membro do União Brasil na Câmara, Paulo Magalhães (União Brasil) continua no partido e também pretende concorrer à reeleição. Recentemente, ele foi apontado como vice-presidente municipal do partido do governado Ronaldo Caiado em Goiânia.

De saída do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Pedro Azulão Jr. (PSB) é outro que foi especulado no MDB, PRD e Solidariedade. Pessoas próximas ao parlamentar indicam que a expectativa é de que vá para o partido do vice-governador.

Raphael da Saúde (DC) deseja permanecer no Democracia Cristã (DC) para disputar as próximas eleições, mas o partido pode ter outros planos. Ele também está no grupo de vereadores que busca uma chapa no Solidariedade, Progressistas, PRD ou Podemos.

Anteriormente, o líder do Legislativo, Romário Policarpo (PRD), estava mirando uma possível ida para o União Brasil e o MDB. Entretanto, ele decidiu permanecer no novo PRD e agora montará a chapa de vereadores com Cabo Senna e Markim Goyá.

Ronilson Reis (Solidariedade) se juntou ao partido de Denes Pereira no final do ano passado, junto aos vereadores Leandro Sena e Gabriela Rodart. No momento, não há informações sobre a possibilidade dele mudar de partido outra vez.

Presidente municipal do Republicanos, Sabrina Garcez (Republicanos) é responsável pela montagem de chapa de vereadores em Goiânia. Por isso, não há nenhuma chance dela deixar o partido no momento.

Sandes Júnior (PP) não permanecerá no Progressistas e já está buscando um novo partido. Atualmente ele possui convites do governador Ronaldo Caiado para o União Brasil e do vice-governador Daniel Vilela para o MDB.

A expectativa é de Sargento Novandir (Avante) receba em breve a sua carta de expulsão do Avante para poder ficar livre para procurar um novo partido. Além do MDB e do Solidariedade, outro partido que está na lista dele é o Partido Liberal (PL).

Atualmente presidente do Avante em Goiás, Thialu Guiotti (Avante) deve ser cabeça de chapa do partido nas eleições. Ao mesmo tempo, ele também busca viabilizar a sua entrada na Mesa Diretora da Casa no cargo vago de primeiro vice-presidente.

Sem espaço na chapa do Democracia Cristã (DC), Wellington Bessa (DC) deixará o partido e o destino mais provável é o MDB. Anteriormente ele também esteve presente em um evento do Podemos para conversar sobre uma possível ido ao partido.

Existe a chance de Welton Lemos (Podemos) continuar no Podemos, mas também há possibilidade que ele ingresse em outra chapa. Informações indicam que ele pode receber um convite para o PL e ser uma das exceções de políticos com mandato na chapa.

Presidente municipal do PL, Willian Veloso (PL) é outro responsável pela construção da chapa de vereadores do partido. Seu plano é ser o único vereador com mandato na chapa, junto com outras candidaturas sem cargo, como a de Major Vitor Hugo.
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