‘Sofro retaliações por não assinar a CEI do Limpa Gyn’, diz vereador Novandir

20 agosto 2025 às 12h06

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Os vereadores devem se reunir na próxima terça-feira, dia 26, para tratar de conflitos relacionados ao trâmite da CEI do Consórcio Limpa Gyn. O anúncio foi feito pelo presidente em exercício da sessão desta quarta-feira, dia 20, vereador Anselmo Pereira (MDB). A reunião foi motivada por conflitos entre parlamentares da base do prefeito Sandro Mabel (UB).
Durante a sessão desta quarta-feira, o vereador Sargento Novandir (MDB) criticou o grupo de parlamentares que assinou o requerimento da Comissão de Inquérito Especial (CEI), que investiga possíveis irregularidades no Consórcio Limpa Gyn. Ele afirmou que teve um projeto “boicotado” pelos integrantes durante a votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
“Quero ter um bom relacionamento, mas alguns vereadores me ameaçam por eu não ter assinado a CEI do Limpa Gyn. Já estou sofrendo retaliações. Um projeto de minha autoria, que estabelece diretrizes para reconhecer profissionais da rede de enfrentamento à violência contra as mulheres, foi arquivado na CCJ. Mas, como critico a CEI, arquivaram meu projeto. Não vou citar o nome de quem pediu o arquivamento”, afirmou o parlamentar, em discurso no plenário.
Em resposta, o presidente da CCJ, vereador Luan Alves (MDB), afirmou ao colega que o projeto foi incluído na pauta, mas que o arquivamento foi uma decisão dos demais membros. “A CCJ não é usada para prejudicar quem quer que seja. O projeto foi tratado como todos os outros, eu coloco todos na pauta. Sobre os votos dos demais vereadores, eu não tenho controle. Meu objetivo é sempre pautar projetos que contribuam com Goiânia”, respondeu.
Na sequência, o autor do requerimento da CEI do Limpa Gyn, Cabo Senna (PRD), questionou a fala de Novandir, “Nossa cidade está suja e precisa que a Câmara esclareça essa situação. Não é um vereador que esbraveja na tribuna que vai impedir a fiscalização. Agradeço a todos que assinaram a CEI. Permaneceremos firmes no propósito de esclarecer todo o assunto relacionado ao contrato e ao trabalho da Limpa Gyn em nossa cidade”, comentou Senna.
Já o emedebista elevou o tom ao criticar a CEI do Limpa Gyn. “Isso é covardia, é crueldade e canalhice. Essa retaliação, eu não vou aceitar. Repito: assinei um documento com um amigo vereador para que o familiar dele pudesse assumir uma secretaria. E hoje sofro retaliação por não concordar com a CEI. Estou pronto para falar sobre a ‘CEI da barganha’, que 90% de quem assinou não quer investigar a Limpa Gyn, mas quer é secretaria, barganha, vantagens, resolver a vida particular”, disse o vereador.