A Guarda Civil Metropolitana (GCM) encerrou ao menos dois blocos de carnaval com violência. Balas de borracha, bombas de efeito moral e spray de pimenta foram usados no Setor Oeste e no Setor Central, causando tumulto e pânico. Entre os foliões, havia crianças e idosos. 

Nas redes sociais, participantes dos eventos publicaram vídeos do momento e relataram que o fim da música não foi negociado, e que o conflito começou antes das 23h (horário combinado para o término da festa). “Foi a primeira vez na minha vida que vi um evento pacífico ser destruído pelo despreparo policial de Goiânia”, afirmou um perfil, e “não entendo por que só em Goiânia é proibido”. 

Segundo a GCM, os eventos, que tinham licença para acontecer, haviam terminado no horário combinado. A ação da GCM aconteceu pois pessoas seguiram festejando com som automotivo “o que caracteriza a perturbação de sossego”, e havia denúncias de armas de fogo e drogas. Em nota enviada ao Jornal Opção, o chefe da comunicação da GCM em Goiânia, Janilson Saldanha afirmou:

“Diante da situação, a Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) fez a apreensão de quatro veículos com som automotivo que estavam presentes no local. Um disparo de arma de fogo entre os participantes foi identificado. Isso gerou a necessidade de ações baseadas no uso seletivo da força para dispersar o grande público. A atitude cirúrgica da GCM de Goiânia em dispersar o grande público presente pôde evitar maiores problemas que poderiam ceifar a vida de um dos participantes. A GCM de Goiânia pauta suas atitudes nos direitos humanos com o objetivo de preservar vidas.”