Planejamento de Goiânia até 2029 prevê R$ 43,1 bilhões; administração, educação e saúde concentram 64% dos recursos

05 agosto 2025 às 16h00

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O projeto do Plano Plurianual (PPA) de Goiânia para o período de 2026 a 2029, planejamento para administração da capital, projeta um orçamento total de R$ 43,14 bilhões. Segundo o documento, obtido de forma exclusiva pelo Jornal Opção, sete áreas concentram 94% dos investimentos. A matéria deve ser analisada, junto com a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026, pelos vereadores após o recesso parlamentar.
Segundo o documento, o maior custo está concentrado na administração municipal, com R$ 9,64 bilhões (22,35% do total). Em seguida, vem educação, com R$ 9,57 bilhões (22,19%); saúde, que receberá R$ 8,56 bilhões (19,84%); previdência social, com R$ 5,87 bilhões (13,61%); saneamento, que contará com R$ 2,58 bilhões (6%); transporte, com R$ 2,36 bilhões (5,46%); e encargos especiais, que somam R$ 1,95 bilhão (4,5%).
As sete funções concentram aproximadamente 94% de todo o orçamento previsto para os quatro anos do plano. Outras áreas como cultura, habitação, segurança pública e desporto recebem percentuais menores, cada uma abaixo de 3% do total.
No PPA de Goiânia, as metas de receitas totais estão previstas para crescerem de R$ 10,25 bilhões em 2026 para R$ 11,52 bilhões em 2029. As despesas totais acompanham esse crescimento, ficando ligeiramente abaixo das receitas ano a ano. No total, as despesas somam aproximadamente R$ 43,14 bilhões no período, passando de R$ 10,24 bilhões em 2026 para cerca de R$ 11,52 bilhões em 2029.
Outro ponto são os encargos especiais, destinados ao pagamento de dívidas e encargos financeiros, que seguem em patamares elevados. No entanto, está prevista uma redução no último ano do período, com os valores caindo de R$ 517,9 milhões em 2028 para R$ 465 milhões em 2029.
O Paço Municipal ainda busca adotar uma visão “alinhada às boas práticas de cidades inteligentes” no projeto do PPA. Segundo o texto, o objetivo é buscar soluções inovadoras para os desafios urbanos, como mobilidade urbana, saúde, educação, sustentabilidade ambiental e eficiência administrativa.
“Inspirados pelo conceito de cidades inteligentes, buscamos ir além da adoção de tecnologias: promovemos uma nova abordagem de gestão pública, orientada pela colaboração multissetorial, pelo uso intensivo de dados e evidências para a tomada de decisão e pelo protagonismo do cidadão na construção das políticas públicas. Dessa forma, Goiânia busca consolidar-se como referência nacional em governo digital e inovação, colocando o desenvolvimento humano e a inteligência coletiva no centro da agenda pública”, afirma o documento do projeto.
Ao mesmo tempo, ainda ressalta parcerias estratégicas com setores da indústria, comércio e educação, o que impulsionou a “digitalização das redes de ensino e saúde, bem como a modernização dos processos produtivos e da economia local”. “Essas parcerias e políticas também fortalecem o ecossistema empreendedor e promovem a capacitação profissional, ampliando as oportunidades de inserção no mercado de trabalho e de melhoria dos serviços públicos oferecidos à população”, defende o texto.
O PPA do prefeito Sandro Mabel (UB) está pautado nos mesmos eixos de seu plano de governo: Cidade, Cidadão e Gestão. Além de estar alinhado às diretrizes do Plano Diretor do Município de Goiânia, à Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU) e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
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