COMPARTILHAR

O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), sugeriu que os moradores da ocupação do setor Estrela D’Alva fossem incluídos no programa social que planeja construir, e entregar, 15 mil moradias populares em Goiânia. A afirmação aconteceu nesta última segunda-feira, 14, durante uma audiência pública entre o prefeito e secretários municipais com mais de 80 moradores do assentamento na Região Noroeste de Goiânia.   

Durante o encontro, Mabel e o secretário municipal de Eficiência, Fernando Peternella, teriam explicado aos atuais moradores da ocupação que era inviável a permanência das pessoas por muito tempo no local. De acordo com o prefeito, a regularização do local não seria possível pelo Programa de Regularização Fundiária Urbana (REURB) devido a reduzida faixa de tempo de permanência dos residentes que se iniciou após o ano de 2017.

Além disso, a gestão afirma que parte da região assentada se configura como uma área de preservação ambiental, o que dificultaria mais a permanência da ocupação. Com isso, a gestão teria cumprido uma ordem judicial do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) para o desmonte de casas não habitadas, a fim de impedir a construção de novos empreendimentos. 

Em entrevista ao Jornal Opção, a Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO) afirmou que a organização não foi notificada da operação e pediu para que a ação fosse suspensa até que o processo fosse analisado pela Comissão de Soluções Fundiárias do TJGO.

Como alternativa, Mabel informou para a população afetada que procure atualizar as informações cadastrais e habitacionais junto a prefeitura para que fossem contemplados no programa que visa construir até 15 mil moradias em Goiânia. “Estamos trabalhando para construir 15 mil moradias em Goiânia. Para isso, precisamos saber quem são as famílias que realmente precisam. O cadastro é o primeiro passo para garantir essa oportunidade”, afirmou o prefeito no evento. 

Leia também:

Desocupação no Setor Estrela D’Alva é contestada pela Defensoria