Cassada por infidelidade partidária, a vereadora Gabriela Rodart (PTB) se posicionou para esclarecer que a decisão ainda não é definitiva, apesar do julgamento do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). A informação também foi confirmada pelo advogado do Democracia Cristã (DC), Luiz Fernando, partido pelo qual a vereadora foi eleita.

“Após o julgamento no TRE, cabe ainda posição de embargo de declaração. Durante o julgamento ficou conciliado que a comunicação para a Câmara de Goiânia só vai acontecer após o julgamento desses embargos”, explicou o advogado.

Nesse contexto, a Câmara precisa aguardar os novos trâmites para ser oficiada e, só então, dar posse a suplente. A princípio, a vaga iria para Rafael da Saúde, que já está vereador para ocupar a vaga de Wellington Bessa, afastado para ocupar a Secretaria Municipal de Saúde. O próximo da lista de suplência é Márcio do Carmo.

Em nota enviada à imprensa, Gabriela Rodart comentou a decisão. “Ressaltamos que este processo não tem origem em nenhuma conduta imoral ou corrupta, relacionando-se apenas com regras eleitorais e partidárias equivocadamente interpretadas”, escreveu.

Durante sessão na Câmara na manhã desta quinta-feira, 8, Rodart usou a tribuna para comentar a decisão do TRE. A vereadora declarou que sua equipe de advogados está trabalhando no intuito de reverter a situação.

Infidelidade partidária

Gabriela Rodart foi eleita vereadora em 2020 com 3.476 votos pelo partido Democracia Cristã (DC). Já em 2021 ela mudou de legenda e passou a compor e a presidir o diretório metropolitano do PTB (Partido Trabalhista Brasileiro), entretanto a mudança foi fora da janela partidária.

Segundo o advogado do DC, a saída não foi comunicada ao partido. “Ela ingressou com a ação e pediu sigilo. Nós ficamos sabendo só após o fim do prazo de divulgação das listas, quando constou que ela não estava mais filiada”, afirmou.

Ele também esclareceu que as alegações de discriminação emitidas pela vereadora não procede. “Ao longo do trâmite, nenhum fato objetivo comprovou discriminação, tanto é que a votação foi por unanimidade”, pontuou.