Ex-secretária garante que vai depor se for notificada pela CEI da Comurg
23 março 2023 às 17h13
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Edson Leite Jr. e Fabrício Vera
A ex-secretária de Relações Institucionais da Prefeitura de Goiânia, Valéria Pettersen, ainda não foi intimada a depor na Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), mas garantiu que vai depor, se convidada oficialmente. “É uma oportunidade de esclarecer com relação aos projetos e toda a parte que coube à SRI”, afirmou a ex-secretária e atual vereadora por Aparecida de Goiânia.
O nome de Valéria foi citado na CEI pelo presidente da Comurg, Alisson Borges, que informou aos vereadores que a ex-secretária participou do colegiado que definiu as regras dos contratos das emendas impositivas que pagou antecipadamente à companhia o valor de R$ 8 milhões para obras que ainda não foram entregues na totalidade.
Sobre os adiantamentos, na reunião desta quarta, Alisson afirmou que o repasse era fundamental para a execução das obras. “A Comurg precisava do dinheiro”, explicou o presidente do órgão. No entanto, ele reconheceu que o dinheiro repassado de forma adiantada não está mais na conta na pasta: “O dinheiro da Comurg não pode ficar parado. É uma empresa deficitária”. Apesar da polêmica que envolve a questão, o presidente da Comurg garantiu que as obras serão retomadas e entregues assim que o período de chuvas passar.
Qual o tamanho da dívida?
O presidente da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), Alisson Borges, disse durante ontem, 22, em depoimento à CEI da Comurg, que desconhece os valores que empresa pública está devendo. Segundo o presidente da comissão, Ronilson Reis (PMB), as dívidas estariam envolvendo o FGTS, INSS e o Imas, fora outras pendências.
“Até se quiséssemos fazer o pagamento das dívidas, nós não poderíamos porque não conhecemos a dívida”, afirmou Alisson, durante entrevista coletiva. Em seguida, ele explicou após um levantamento dos débitos, a Comurg poderá buscar um acordo para pagamento do que devido ao INSS, por exemplo.
Já o líder do prefeito na Câmara Municipal de Goiânia, vereador Anselmo Pereira (MDB), minimizou a situação. Segundo o decano da Casa, o presidente da Comurg apenas não soube a precisão dos valores no momento. “Acredito que quando ele disse que não conhece as dívidas, talvez seja na questão numeral, mas ele sabe que tem dívida de INSS, FGTS, acertamento de pagamento para fornecedores”, explicou.