A Câmara Municipal de Goiás realiza na próxima segunda-feira, 7, a partir de 9h, uma audiência pública para a prestação de contas da Secretária Municipal de Saúde (SMS). A reunião contará com a presença do secretário Durval Pedroso a apresentará os dados referentes ao quadrimestre de janeiro a abril de 2023. Um dos principais assuntos que devem ser levantados na conferência é a crise nas maternidades da capital.

Segundo a presidente da Comissão de Saúde da Casa, vereadora Kátia Maria (PT), a Prefeitura de Goiânia possui uma dívida com a Fundação de Apoio ao Hospital das Clinicas (FUNDAHC), além da ausência de insumos médicos e de condições de trabalho. Durante a crise, o Paço Municipal até teria indicado o desejo de mudar a gestão das maternidades goianienses. Entretanto, não prosseguiu com a decisão e anunciou uma “transferência imediata” de R$ 10 milhões restantes de parcela em aberto.

Anteriormente, na última prestação de conta Saúde, realizada no mês de abril, a parlamentar também apontou que SMS não cumpriu 79 das 133 ações previstas em 2022.

Leia mais: Crise nas maternidades: Prefeitura de Goiânia anuncia “transferência imediata” de R$ 10 mi à Fundahc

 “O último ano não foi um ano bom para a saúde”, alertou a presidente da Comissão de Saúde. “Quase 60% das metas não foram cumpridas e eu espero que essa audiência pública sirva como uma correção. Que o que apontamos aqui sirva de parâmetro para que a secretaria mude os rumos da Saúde em Goiânia”, acrescentou.

Outro ponto citado pela vereadora foi o baixo número de investimentos na área. Segundo ela, Goiânia foi a capital brasileira que menos investiu em ações e serviços públicos de saúde. Ao todo, a cidade aplicou cerca de 14% da receita com impostos na saúde, um valor 1,14% acima do mínimo previsto pela Constituição Federal.

Leia mais: Sem repasse da Prefeitura, cirurgias eletivas param em maternidades de Goiânia