Dança das cadeiras na Câmara pode atrasar votação de projetos

22 setembro 2023 às 13h27

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O recente clima de incertezas que ronda a Câmara Municipal de Goiânia pode atrasar algumas votações importantes. Por exemplo, vereadores ameaçados com perda de mandato podem focar mais em sua defesa do que nos projetos que estão tramitando. Ou ainda, as matérias podem ficar sem relator, caso o parlamenta responsável seja cassado.
“Essa instabilidade é uma situação bastante negativa para a Casa”, relata um vereador para o Jornal Opção. “Com essa inconsistência, os parlamentares vão gastar mais energia para segurar o mandato. Isso cria um desgaste para os próprios gabinetes e para todo o Legislativo goianiense”, acrescenta.
Dessa forma, a situação pode impactar na votação de projetos importantes para a capital, incluindo as leis complementares do Plano Diretor. Atualmente, dois vereadores estão com três matérias a respeito do mecanismo que estabelece regras para o desenvolvimento urbano. No caso, com Thialu Guiotti (Avante) e um com Geverson Abel (PMB).
Outra pauta que está com um parlamentar ameaçado é o projeto que altera o prazo de contratação para servidores temporários da Educação. Nas mãos de Paulo Henrique da Farmácia (Agir), ele precisa entregar o relatório antes da Casa ser notificada pela cassação. Caso contrário, a proposta pode precisar de um novo relator.
Ao todo, a Câmara aguarda a situação de seis parlamentares que podem ser cassados por conta de fraude à cota de gênero. Além dos três citados, Léo José (sem partido), Pastor Wilson (PMB) e Edgar Careca (PMB) também estão ameaçados. Fora o possível retorno de outros dois ex-parlamentares do PRTB: Bruno Diniz e Santana Gomes.
Atualmente, sem Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recalcular a votação das eleições de 2020, a previsão de quem pode entrar ou sair da Casa com as mudanças é difícil de saber. Entretanto, existe a possibilidade de Goiânia ter quatro novos vereadores, caso todas chapas citadas sejam cassadas.
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