Com informações de Fabrício Vera

A Prefeitura de Goiânia deve lançar aplicativo de transporte para solicitação de corridas até o mês de outubro, segundo estimativa do vereador Geverson Abel (Avante). De acordo com declarações do parlamentar ao Jornal Opção, o Paço Municipal já fechou acordo com modelo utilizado no Rio de Janeiro para aplicar o mesmo formato na capital goiana.

“Na semana passada, a Secretaria de Finanças esteve no Rio de Janeiro, que tem o aplicativo considerado mais atrativo para nossa cidade, e fechou acordo. O aplicativo deve chegar para Goiânia a custo zero”, explicou.

Em junho do ano passado, representantes da Secretaria Municipal de Mobilidade (SMM) visitaram o Rio de Janeiro para analisar o sistema Táxi-Rio. Além da capital fluminense, o sistema já foi implantando em vários munícipios dentro de fora do estado e agora pode vir à Goiânia.

Segundo o vereador, a novidade deve permitir uma melhor oferta de serviços para motoristas e passageiros em Goiânia. “Com isso, a prefeitura poderá fixar valores de taxa mínima para motoristas, ações de fiscalização e criar uma concorrência leal, tendo em vista que plataformas às vezes não se adequem às legislações locais”, explicou.

Reinvidicações

Motoristas de aplicativos de transporte que atuam em Goiânia se juntaram, na última segunda-feira, 17, a manifestação nacional que reinvidica melhorias na remuneração e na segurança dos trabalhadores. Em Goiânia, representates da classe dialogaram com o Paço Municipal, após compromisso firmado com o vereador Geverson Abel e a Prefeitura em manifestação anterior.

Em encontro realizado nesta terça-feira, 18, os motoristas levantaram duas pautas de destaque: valor da tarifa mínima por quilômetro e fiscalização por parte da Prefeitura. Segundo o vereador os motoristas alegal ganhar uma média de R$ 0,80 a R$ 0,90 por quilômetro, mas o mínimo esperado é de R$ 1,60. “A prefeitura não tem prerrogativa para criar base da tariva, tendo em vista que as empresas são privadas e independentes, mas a gente vai tentar fazer essa taxação mínima para que operadoras não paguem abaixo do definido pela prefeitura”, pontuou Abel.

Além da tarifa, motoristas também reinvidicaram maior fiscalização por parte da Prefeitura nas plataformas. Criado no contexto dos debates de regulamentação de aplicativos de transportes, que ocorrou entre os anos de 2017 e 2018, o Comitê Municipal de Uso do Viário (CMUV) estava, até então, inerte, apenas no papel.

De acordo com o vereador, porém, já foi determinado o início de novas atividades para o Comitê. “Já ontem, a Prefeitura determinou à Casa Civil que publique primeira reunião para a próxima semana, para que o CMUV delibere pautas com autonomia, como fiscalização e taxação, buscando inclusive taxação para que o aplicativo repasse impostos para a prefeitura”, detalhou. O parlamentar pontuou ainda que a iniciativa pode favorecer os próprios aplicativos que, com isso, terão mais respaldos do serviço público, como pontos de apoio distribuídos pela cidade, por exemplo.