Com informações de Fabrício Vera

Em sessão realizada na manhã desta terça-feira, 7, na Câmara Municipal de Goiânia, a vereadora Aava Santiago (PSDB) voltou a tocar na questão do crédito suplementar para a Comurg e pediu a abertura de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar o caso. A parlamentar aponta o que chama de grande coincidência de calendário nas contratações e exonerações da companhia, em comparação com o período eleitoral.

“É inegável que há uma terrível coincidência de calendário. Houve processo de inchaço da máquina, logo depois processos de desligamento de servidores e, na sequência, em dezembro, o mês de maior contratação desde que existe Portal da Transparência”, pontua.

Para ela, é importante esclarecer a situação da Comurg e a intenção dos R$ 30 milhões suplementares, principalmente analisando a limpeza urbana de Goiânia. “É muito significativo, especialmente quando a gente vive epidemia de denúncias da sociedade sobre a negligência com que a Comurg – enquanto órgão, não por seus trabalhadores – tem tocado compromissos e obrigações na cidade”, pontua. “A cidade com mato alto, sem coleta de seletiva, aliás, sem coleta de lixo. Como a Comurg aumentou tantos gastos e a cidade está tão suja?”.

O presidente da Casa, Romário Policarpo (Patriota), comentou a denúncia e postura da Câmara em relação a isso. Ele foi claro ao pontuar que a abertura de uma CEI se regimentalmente, a partir da decisão da maioria, mas apontou a necessidade de esclarecimentos .“Se existe um problema hoje, a Câmara necessita de explicações. Se a casa decidir que a melhor forma de solucionar os questionamentos for a CEI, assim o fará”, esclareceu.

Apesar disso, ele afirmou que ainda não teve diálogos sobre o tema e nem mesmo sabe se as assinatura já começaram a ser colhidas.