Vereadores divergem sobre possível nepotismo na Comurg
23 março 2023 às 13h15
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Na manhã de hoje, 23, o líder do prefeito da Câmara, vereador Anselmo Pereira (MDB) destacou que situação não possui ilegalidades. “Sobre o pai e o sogro, sei que eles eram funcionários. Talvez pela experiência, foram reconduzidos para um cargo comissionado. De qualquer forma, é necessário apurar se estão trabalhando, caso não estejam, está ocorrendo um infração”, explicou o decano da Câmara.
Já o vice-presidente da CEI, Welton Lemos (Podemos) apontou que as nomeações deixam a situação “complicada”. “O que complica mais é a fala dele (Alisson), o prefeito o nomeia como presidente e é ele quem nomeia os servidores. Fica difícil nomear o sogro como diretor de arborização e o pai para um cargo de confiança”, disse para o Jornal Opção.
Relembre
Durante a reunião desta quarta-feira, 22, da Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), Ronilson Reis (PMB) questionou o comandante da Comurg, Alisson Borges, sobre ter parentes dentro da empresa. Conforme dados do Portal Transparência, os familiares seriam pai e o sogro, ambos em cargos de confiança, que receberam R$ 15 mil e R$ 21 mil líquidos respectivamente. Para o presidente da CEI, o caso pode ser considerado como nepotismo.
Em resposta, durante o depoimento, o presidente da Comurg afirmou que os dois seriam servidores de carreira, sendo que o sogro já estava no cargo quando assumiu a companhia. “Os dois são servidores efetivos que trabalharam na empresa e que prestam um serviço, eles estão exercendo as funções nas quais estão designados”, explicou Alisson.
Para o relator Tialu Guiotti (Avante), a situação pode ser considerada como “imoral”, mas não ilegal. Ele destaca que se não ocorrer interferências em relação ao atendimento, privilegiando algum político ou buscando ganho na área, isso não teria problema. Sendo necessário atender toda comunidade, sem privilégios.