Selecionada para torneio no Bahrein, goiana precisa de R$ 13 mil para viajar
24 abril 2023 às 13h05
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Única brasileira selecionada em sua categoria, a goiana Natália Borges Xavier, mais conhecida como Naná, está entre as melhores do mundo de Parabadminton. Atualmente 23ª classificada no ranking mundial entre atletas da modalidade na categoria SH6 – que engloba pessoas de baixa estatura – ela foi selecionada para o Campeonato Internacional de Parabadminton do Bahrain 2023. Com o sonho de participar da disputa, ela agora busca ajuda para custear inscrição, hospedagem e alimentação.
Diagnosticada com hipoacondroplasia, um dos mais de 500 tipos de nanismo conhecidos, Naná entrou no mundo do Parabadminton há cerca de um ano e meio e já ganhou destaque internacional. Na categoria simples, é a atual 23ª melhor do mundo – após subir seis posições no ranking com o resultado de campeonato recém disputado em São Paulo. Além disso, é a 29ª na categoria mista e 18ª na categoria dupla feminina.
Agora, Naná sonha com a participação na competição internacional que, na sua análise, pode contribuir com o esporte para pessoas com nanismo. “A competição não é só importante pra mim em termos de condições técnicas, de convocação ou classificação para os Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023, em novembro, e Paralímpicos de Paris em 2024. É importante para o esporte da pessoa com nanismo. É uma modalidade nova que entrou no circuito de 2020, no caso paralímpico, e precisamos fortalecer a categoria ao qual eu pertenço, mas a gente sente que a nossa precisa de visibilidade inclusive no Brasil, pois o número não é grande comparado as outras categorias”, comenta.
Para competir no Bahrein, porém, Naná precisa garantir a inscrição na competição. Com realização entre os dias 17 e 23 de maio, ela tem até o próximo dia 28 de abril para pagar US$ 110, cerca de R$ 550. Além do custo com urgência, ela calcula um valor total estimado em R$ 13 mil para a realização da viagem. Até o momento, ela já conseguiu custear as passagens aéreas, mas espera que contribuições permitam a realização do sonho. Interessados em colaborar, podem fazer PIX para o e-mail [email protected].
Parabadminton
Naná avalia que a descoberta do Parabadminton para pessoas com nanismo foi positiva em sua vida, por encontrar similaridades em relação à deficiência que não encontrava antes. Para ela, é ideal que adultos e crianças com a condição possam olhar para o esporte e sentir que têm a oportunidade de praticar esportes em igualdade com os adversários. “Quando eu competia natação, nunca competi com alguém que tivesse nanismo e sentia falta desse nivelamento, dessa oportunidade de estar com alguém que tivesse a mesma deficiência que eu. Eu não me sentia menor ou desqualificada, mas queria competir com alguém que tivesse quase a mesma deficiência que a minha”, afirma.
“O parabadminton é rápido, ágio e dinâmico mas também exige tranquilidade e leveza. É uma espécie de ballet. Mais que representar minha cidade, estado e país, é uma forma de mostrar que as pessoas com nanismo e com deficiência podem estar em um esporte de alto rendimento”, conclui Naná.