Os investimentos no futebol feminino brasileiro não chegam perto da modalidade masculina, porém, neste ano há expectativa no desempenho da seleção brasileira na Copa do Mundo.  Uma estrutura inédita preparada para as jogadoras nesta edição, com delegação recorde, voo fretado e um núcleo de saúde e performance.

Amanda Viana é comentarista do Planeta Futebol Feminino, projeto independente de cobertura de jogos de futebol feminino. Em entrevista ao Brasil de Fato, ela comenta que é importante reconhecer os avanços.  “Lógico que a questão financeira pega muito, nós ainda temos muitos clubes que não conseguem ter o investimento necessário. Temos alguns clubes que, na minha visão, tem dinheiro, mas não aplicam da forma mais inteligente para potencializar o talento que existe ali”, relata.

Amanda afirmar que, além das barreiras impostas aos clubes femininos, existe pouco incentivo para meninas começarem a trenar no futebol e, por isso, acabam começando a treinar com idade mais avançada que os meninos.

“Nós temos poucas categorias, são poucos os lugares, muitas vezes a gente acaba vendo meninas tendo que jogar com meninos para conseguirem bater bola na sua idade. Esse é um ponto que vem mudando, mas precisa evoluir mais porque a entrada no esporte quanto antes vier melhor, pois começa a trabalhar fundamentos, mentalidade e as questões de base mesmo”, explica a comentarista.

A Copa do Mundo de Futebol Feminino acontece de 20 de julho ao dia 20 de agosto na Nova Zelândia e na Austrália. O primeiro jogo do Brasil acontece na próxima segunda, 24, contra o Panamá, a partir das 8h.