Dois dos dez PMs presos suspeitos de cometer oito assassinatos em Goiás movimentaram juntos mais de R$ 11 milhões em cerca de quatro anos. Segundo o Ministério Público de Goiás (MPGO), as movimentações bancárias dos policiais são incompatíveis com os rendimentos da Polícia Militar.

As movimentações bancárias foram realizadas por Marcos Jesus Rodrigues e Almir Tomas de Aquino Moura. No documento, consta que Marcos movimentou cerca de R$ 6 milhões entre 2018 e 2022, enquanto Almir teve movimentação bancária de R$ 5,8 milhões em um período de três anos, com dois picos significativos no final do ano de 2020 e início dos anos de 2021 e 2022.

A Polícia Civil de Goiás prendeu os policiais militares no dia 19 de setembro na Operação Tesarac, que investiga assassinatos em Anápolis e Terezópolis de Goiás. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), foram cumpridos 10 mandados de prisão temporária e 18 mandados de busca e apreensão em Anápolis, Caldas Novas, Nerópolis, Nova Veneza, Goiânia e Brasília.

Ainda de acordo com o documento do MP, os militares são suspeitos de promover falsos confrontos para eliminar testemunhas.

Em nota, o MP afirmou que acompanha a investigação e que aguarda a conclusão da apuração para as providências cabíveis à instituição.

Nota oficial da SSP

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública, juntamente com todas as forças de segurança, “reitera que não compactua com nenhum tipo de desvio de conduta”. A Corregedoria da PM-GO informou que abriu os procedimentos legais cabíveis.

Sobre a prisão dos PMs, a SSP detalhou que o Comando de Correições e Disciplina da PM acompanhou o cumprimento de mandados de prisões temporárias e de busca e apreensão, feitos pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Anápolis.