Pablo Marçal enfrenta alta rejeição entre jovens
24 agosto 2024 às 08h54
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O goiano Pablo Marçal, ex-coach e candidato à prefeitura de São Paulo pelo PRTB, tem apresentado uma ascensão nas últimas pesquisas eleitorais. No entanto, ao mesmo tempo, ele se destaca como o candidato mais rejeitado pelo público, especialmente entre os eleitores mais jovens, segundo dados do Datafolha divulgados nesta sexta-feira, 23.
A rejeição ao ex-aliado de Jair Bolsonaro subiu de 30% para 34% entre os eleitores paulistanos em geral. Entre os jovens de 16 a 24 anos, o índice de rejeição saltou de 26% para 46%, com uma margem de erro específica para este grupo de nove pontos percentuais. Marçal é numericamente o candidato com maior rejeição entre esse segmento do eleitorado, empatando tecnicamente com José Luiz Datena (PSDB), que possui 36% de rejeição. A margem de erro geral da pesquisa é de três pontos percentuais.
Marçal, que conta com cerca de 13 milhões de seguidores no Instagram, tem utilizado uma estratégia agressiva nas redes sociais, atacando adversários. Contudo, essa abordagem parece estar gerando um efeito contrário, afastando eleitores, especialmente os mais jovens.
“Você que está assistindo e mora em São Paulo, quero te pedir perdão porque, para chegar aonde cheguei agora, liderando as pesquisas, eu tive que chamar atenção de um jeito que talvez não tenha agradado.”, disse Marçal em uma declaração durante o programa “Balanço Geral”, da TV Record. O candidato admitiu que sua postura nos debates, usada como material para cortes nas redes sociais, pode ter contribuído para essa percepção negativa, chegando a reconhecer que “pareceu um idiota” em alguns momentos.
Rejeição entre as mulheres
A pesquisa também revelou uma rejeição significativa entre o público feminino, com 32% das mulheres afirmando que não votariam em Marçal. Esse índice de reprovação cresceu após comentários considerados machistas feitos pelo candidato em um debate promovido pela revista Veja. Na ocasião, Marçal afirmou que a candidata Tabata Amaral (PSB) teria tempo para estudar suas propostas por “não ter marido nem filhos”, o que gerou críticas e reforçou a rejeição entre as eleitoras.
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