Mabel teria base ampla na Câmara de 26 vereadores; Fred ficaria com quatro e precisaria negociar
12 outubro 2024 às 16h49
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Caso Sandro Mabel (UB) seja eleito prefeito de Goiânia, ele terá ampla maioria na Câmara Municipal de Goiânia. A expectativa é de que ele teria 26 parlamentares na base da nova legislatura. Ou seja, um número mais do que suficiente para formar maioria no Legislativo, sem considerar a possibilidade de novas articulações.
Além do União Brasil e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), a base original conta com o apoio de vereadores do Podemos, Avante, Agir, PRD e Republicanos. No entanto, o Solidariedade, PDT e Progressistas também devem se juntar para o segundo turno.
Confira quantos vereadores cada partido elegeu para a próxima legislatura:
- MDB – 8 vereadores
- PL – 4 vereadores
- PRD – 3 vereadores
- PT – 3 vereadores
- União Brasil – 3 vereadores
- Solidariedade – 3 vereadores
- PSDB – 2 vereadores
- PRTB – 2 vereadores
- Republicanos – 2 vereadores
- PP – 2 vereadores
- PDT – 1 vereador
- Agir – 1 vereador
- Avante – 1 vereador
- DC – 1 vereador
- Podemos – 1 vereador
Ainda restam dois partidos para confirmarem em qual lado devem estar neste segundo turno, sao eles: PRTB e PSDB. Os dois partidos têm dois vereadores eleitos. Todos os parlamentares eleitos das legendas acima estiveram na reunião da base governista com nova legislatura, com excessão de Aava Santiago (PSDB)
No caso do PRTB, a legenda deve decidir na segunda-feira, 14, a posição. Anteriormente, a sigla estava apoiando a candidatura do prefeito Rogério Cruz (Solidariedade). O partido elegeu neste ano William do Armazém Silva e Daniela da Gilka.
No caso do PSDB, ainda há a posição do eleito Tião Peixoto (PSDB), pai de Bruno Peixoto (UB), presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). Apesar de estar no partido do ex-governador Marconi Perillo, ele esteve no encontro de vereadores no Palácio das Esmeraldas no início da semana. Aliados de Mabel apontam que ele deverá estar na base. Aava Santiago, outro nome do tucanato já é vista como oposição junto com os partidos de esquerda. Formalmente o PSDB tambéme se reúne na próxima semana para definir o posicionamento do partido neste segundo turno.
Oposição
No caso de uma vitória de Mabel, a Câmara pode ter uma base ampla de apoio ao Paço de duas oposições. Uma delas seria liderada pelo PT, com três vereadores e ainda deve ter a adesão de Santiago, a vereadora mais votada da história de Goiânia. Ela chega forte para um segundo mandato e pode, também, liderar a oposição.
Outro grupo de oposição seria liderado pelo PL que fez quatro cadeiras, inclusive o vereador mais votado desta eleição, Major Vitor Hugo (PL) -le ainda é um pretenso candidato à presidência da Câmara Municipal – junto a esse bloco também poderiam se junta vereadores que tem posicionamento mais radical como Sargento Novandir (MDB) e Igor Franco (MDB), ambos têm muita proximidade com o ciclo bolsonarista em Goiânia.
Vereadores de Oposição
- Bloco a Esquerda
- Edward Madureira (PT)
- Kátia Maria (PT)
- Fabrício Rosa (PT)
- Aava Sanitago (PSDB)
- Bloco a Direta
- Major Vitor Hugo (PL)
- William Veloso (PL)
- Coronel Urzeda (PL)
- Oséias Varão (PL)
Situação contrária
No caso de uma vitória de Fred Rodrigues (PL) para construir uma base de no mínimo 19 vereadores ele teria que negociar com outros partidos. O candidato tem dito que não vai fazer negociações políticas para composição dos seu auxiliares, mas com conjuntura que a Câmara vai ter a partir de fevereiro do ano que vem será preciso negociar.
Os vereadores, além de fiscalizar a prefeitura, os parlamentares precisam autorizar a Prefeitura a desafetar uma área pública, promover alterações no Plano Diretor de Goiânia e também são os vereadores que aprovam e alteram o orçamento do ano subsequente.
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