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O ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, enviou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), relatório de fiscalização do processo de votação do primeiro e do segundo turno das eleições, nesta quarta-feira, 9. O documento de fiscalização produzido pelos técnicos militares especula vulnerabilidades no sistema e fizeram sugestões para futuros pleitos, sem apontar nenhuma possibilidade de fraude.

O documento tem 63 páginas e fala num suposto risco de que um “código malicioso” possa interferir no funcionamento dos aparelhos de votação. Num ofício em que encaminha o relatório, o ministro alega que durante a inspeção dos militares teria sido observada situação que “pode configurar relevante risco à segurança do processo”.

Outra parte do documento aponta que “dos testes de funcionalidade, realizados por meio do Teste de Integridade e do Projeto-Piloto com Biometria, não é possível afirmar que o sistema eletrônico de votação está isento da influência de um eventual código malicioso que possa alterar o seu funcionamento”, diz Paulo Sérgio Nogueira.

Em nota, o TSE agradeceu o envio do documento e destacou justamente que o trabalho dos militares não aponta qualquer fraude ocorrida na eleição. “TSE informa que recebeu com satisfação o relatório final do Ministério da Defesa, que não apontou a existência de nenhuma fraude ou inconsistência no processo eleitoral de 2022. As sugestões encaminhadas para aperfeiçoamento do sistema serão oportunamente analisadas. O TSE reafirma que as urnas eletrônicas são motivo de orgulho nacional, e as Eleições de 2022 comprovam a eficácia, lisura e total transparência da apuração e totalização dos votos”, diz a nota do tribunal.

Leia a íntegra do relatório do Ministério da Defesa

A mensagem principal passada pela Defesa no relatório é a de que mudanças no processo eletrônico de votação poderiam ser implantadas para a melhoria da votação. Já o TCU (Tribunal de Contas da União), a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) — também órgãos fiscalizadores — e a OEA (Organização dos Estados Americanos) focalizaram seus relatórios na ausência de irregularidades no pleito.