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Greve dos professores das escolas públicas do Distrito Federal (DF) iniciada em 2 de junho será mantida, decidiu a categoria em assembleia na manhã desta segunda-feira, 16. A reunião do Sindicato dos Professores do DF (Sinpro-DF) foi feita no gramado do Eixo Monumental, no centro de Brasília, de onde os educadores marcharam em direção à sede da Secretaria de Educação. A Polícia Militar do DF usou spray de pimenta para evitar que os professores entrassem.

A categoria cobra reajuste salarial de 19,8%, reestruturação da carreira, nomeação de aprovados em concurso e correção do envio de informações de professores temporários ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A próxima reunião está marcada para o dia 24 de junho

Na quarta-feira, 11, a Justiça reconheceu a ilegalidade da greve e autorizou o corte do ponto e a aplicação de multa diária de R$ 300 mil contra o Sinpro-DF, que recorre da decisão ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT).

Outras organizações de classe do DF, como a Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Judiciário Federal e Ministério Público da União (Fenajufe), manifestaram apoio ao Sinpro-DF após falas do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB). Concedendo entrevista coletiva sobre o assunto, o governador disse que cortaria o ponto dos professores em greve: ‘Vamos ver quantos dias eles vão aguentar’.

Ibaneis Rocha disse: “Vivemos um momento de cuidado com as contas públicas. Reajuste só no próximo ano, quando as contas estiverem equilibradas. Atendemos o pedido da última greve de 2023, que só termina de ser pago em 2026, e eles já estão em greve novamente.”