O tema de dissertação de mestrado da estudante e servidora da Secretaria de Comunicação da Universidade Federal de Goiás (Secom-UFG), Juliana Queiroz, resultou na criação de um jogo educacional para que as pessoas possam identificar e combater a violência de gênero e racismo.

O jogo foi batizado de “Empoderadas” e surgiu para ser um meio de comunicação atrativa para o público com mais de 12 anos. “Vejo um movimento na mídia sobre o aumento de casos de violência de gênero e racismo e em uma de minhas leituras sobre feminismo, a autora Bell Hooks afirma que: ‘para mudarmos o mundo e conseguir inserir esses assuntos na sociedade a melhor forma é iniciarmos com crianças e adolescentes com meios de comunicação que estão dentro do cotidiano deles’. Então, o jogo surgiu dentro dessa perspectiva”, frisa.

Ela explica que o jogo de tabuleiro se passa no ano de 2081, onde há uma Inteligência Artificial (IA) chamada Ellie. Ela consegue prever violências de gênero e crimes de racismo 20 horas antes que eles possam ocorrer e, assim, prevenindo o delito e recolhendo o agressor ou agressora das ruas.

Quando ela não consegue entregar os resultados, uma crise se instaura com problemas técnicos, o que motiva os demais participantes a interagirem para desvendar as pistas e evitar casos de violências.

Para o jogo “Empoderadas” são necessários no mínimo dois jogadores e no máximo nove. A partida tem duração em média de 45 minutos. Uma das participantes é a própria Ellie. A IA que tem as funções de embaralhar as cartas de pista, mediação da mesa, controle do temporizador e responder os outros jogadores. Os demais fazem parte da equipe de investigadores de elite e vão ter a tarefa de desvendar potenciais crimes.

Rede de ensino

O estudo se tornou um projeto de extensão e deve ser levado para escolas da rede pública em 2023 e 2024. O jogo está disponível para impressão pelo link. Outros informações ou aquisições do jogo de tabuleiro pode ser feitos diretos no e-mail: [email protected]