Sindicatos assinam acordo com governo e greve chega ao fim nas Universidades e Institutos Federais

24 junho 2024 às 08h52

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A greve de docentes do Magistério Superior (MS) e dos servidores do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT) chegou ao fim durante o último final de semana. O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) e o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) assinaram o acordo proposto pelo Governo Federal e deram fim às paralisações de mais de dois meses que aconteciam em todas as partes do país.
Vale lembrar que a Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (Proifes-Federação), outra entidade sindical dos docentes do MS (a qual o Sindicato dos Professores das Universidades Federais de Goiás é filiado), que estava nas mesas de negociação com o Governo Federal, já havia assinado o acordo semanas atrás. A greve dos docentes da UFG teve fim no início de junho, enquanto outras Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) continuaram com suas paralisações.
Segundo o acordo firmado, os servidores das IFES não conseguiram o reajuste salarial que buscavam para 2024. Foi garantido um aumento de 9% em 2025 e 3,5 % para 2026, além de uma reestruturação na carreira, que tornou a entrada da profissão mais atraente. Além disso, pouco depois da proposta feita pelo Ministério da Gestão e Inovação no serviço público (MGI), veio o anúncio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para área da Educação, que trouxe incrementos no orçamento ligado à custeio e investimento para as IFES, atendendo assim demanda que não foi contemplada durante os acordos salariais.
Importante destacar que também houve aumento nos benefícios como auxílio-alimentação, auxílio-saúde suplementar e auxílio-creche. Apesar do reajuste, esses valores ainda não se equiparam aos dos demais poderes.
O único sindicato que ainda não votou pelo fim da greve foi a Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra), que representa os técnicos-administrativos (TAEs), paralisados há mais de três meses. Existe assembleia marcada para a manhã desta segunda-feira, 24, para que os TAEs decidam pela aceitação ou não da atual proposta do governo à categoria. Para esses servidores, o Executivo Federal propôs a recomposição salarial de 9% em 2025 e 5% em 2026.
Desgaste
Durante evento com os reitores no início deste mês, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) questionou se havia motivos para a continuidade da greve. O setor, uma das bases eleitorais do petista, gerou desgaste na imagem do governo ao entrar em greve. Após rodadas de negociações e o anúncio de R$ 5,5 bilhões para o PAC das Universidades, Lula diz que “não há muita razão para essa greve estar durando o que está durando”.
Em Goiás
No estado, os docentes da Universidade Federal de Goiás (UFG) entraram em greve no início de maio e saíram no início de junho. Os professores das Universidades Federais de Catalão (UFCat) e Jataí (UFJ) não entraram em greve. Os servidores técnicos administrativos aderiram à paralisação nacional cerca de um mês antes dos docentes, e seguem em greve. Parte dos estudantes da UFG, através do Diretório Central dos Estudantes (DCE), também entrou em greve, prolongando a paralisação por mais um tempo, mas o movimento já perdeu força e as aulas retornam à normalidade na Instituição de Ensino.
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Por que, se as federais estão entrando em greve, a UFG se recusa a parar? Pelegou geral?