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O curso de jornalismo da Universidade Federal de Goiás (UFG) alcançou a nota máxima do Ministério da Educação (MEC) no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade). “Os cursos que alcançam a nota 5 são cursos de excelência, geralmente vistos como referência pelos demais”, explicou a universidade. A prova do Enade avalia os conhecimentos adquiridos por alunos formandos durante os anos de sua formação.

“Uma das dimensões do Enade é verificar o quanto os estudantes estão absorvendo dos conteúdos apresentados ao longo do curso e, nesse sentido, os estudantes têm respondido aos questionamentos com os devidos emprenho e atenção. As coordenações de curso fazem um esforço para que todos participem do processo”, disse o professor do curso de jornalismo, Sálvio Juliano , mestre em Arte e Cultura Visual.

Ele explicou que a outra dimensão busca identificar ações que influenciam a formação acadêmica do aluno, direta e indiretamente. Nesse ponto, há muitas pesquisas sendo desenvolvidas pelos professores com envolvimento dos alunos, especialmente após a criação do Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Informação e Comunicação (FIC). Além disso, ele cita a possibilidade de intercâmbio com outros países, outras universidades e com outras áreas da própria UFG, o que permite ao aluno ações de extensão em diferentes práticas com diversos setores da sociedade.

Para a professora Ângela Moraes, o grande diferencial para o sucesso foi a qualificação do corpo docente. “Penso que o corpo docente se qualificou bastante, a grande maioria possui doutorado e muitos já com pós doc. Além disso, apreparação intelectual dos discentes foi bastante incentivada com mais projetos de pesquisa e extensão e, obviamente, o comprometimento dos alunos com o curso foi um fator fundamental para atingirmos essa nota”, explicou a mestre e doutora em Estudos Linguísticos, que também integra o Programa de Pós-Graduação.

Outro fator fundamental citado pelos professores para o desenvolvimento dos alunos são os programas de estágio oferecidos pela universidade: Rádio Universitária, TV UFG e Secretaria de Comunicação. “Os estágios supervisionados obrigatórios permitiram o contado direto do estudante com experiências profissionais reais”, pontuou a professora.

Atualmente, o curso de jornalismo na FIC UFG está sob coordenação da professora Solange Franco. Ela também destacou a qualificação profissional e acadêmica do corpo docente, que em sua maioria integra o Programa de Pós-Graduação, o que representa um “ganho teórico importante para as áreas abordadas no Exame”, explicou.

“Há ainda o fato de os estudantes terem outras várias oportunidades de aprendizagem, todas gratuitas, algumas com bolsas, inclusive, o que permite maior dedicação à universidade. Outro fator seria o Projeto Pedagógico de Curso (PPC) que na UFG prioriza o ensino teórico e prático voltado para o desenvolvimento de senso crítico sobre o próprio ensino e aprendizagem, e também sobre as práticas estabelecidas no mercado de trabalho”, finalizou Solange, doutora em Ciências Ambientais (CIAMB/UFG).

Além do jornalismo, o curso de relações públicas também atingiu a nota máxima.

História da faculdade de comunicação

A Faculdade de Informação e Comunicação da UFG oferece cinco cursos de graduação: bacharelados em Biblioteconomia; Comunicação Social – Habilitação em Publicidade e Propaganda; Gestão da Informação; Jornalismo; e Relações Públicas. Seu Programa de Pós-Graduação (PPGCOM), abriga os cursos de Doutorado e Mestrado em Comunicação, Strictu Sensu, além das Especializações Lato Sensu em Assessoria de Comunicação e Marketing; e Letramento Informacional (modalidade a distância).

O Mestrado iniciou suas atividades em 2007 e o doutorado em 2019. Atuamente, cerca de mil estudantes de graduação e pós-graduação estão vinculados à FIC, segundo dados da universidade.

O primeiro curso de Comunicação criado na UFG foi o de Jornalismo, em 1966, à época vinculado à Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras. Entre 1970 a 1996, no Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL), o Departamento de Comunicação (DECOM), passou a abrigar, além do Jornalismo, os cursos de Relações Públicas, criado em 1976, Biblioteconomia, 1979, e a habilitação em Radialismo, criada em 1981. Esta foi reconhecida em 1987 e extinta em 2004.

Corredor da Faculdade de Informação e Comunicação. | Foto: UFG

O primeiro projeto de criação da faculdade de Comunicação foi elaborado na gestão dos Professores Joãomar Carvalho e Lindsay Borges, em 1987. Em 1991 foi proposto e assinado pelo Professor Antônio Luiz Rodrigues Coqueiro.Contudo, somente em 28 de abril de 1993, o Professor Francisco Eduardo Ponte Pierre, então diretor do DECOM, encaminhou-o para apreciação do Conselho Departamental do ICHL como proposta de criação da Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia (FACOMB).

Em 2013, com o Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI) e a ampliação de recursos humanos e materiais, a FACOMB entra em uma nova fase transformando-se na Faculdade de Informação e Comunicação (FIC), que passou a abrigar o curso de Gestão da Informação, transferido do Instituto de Informática (INF) em 2012.