Com déficit de R$ 14 milhões, UFG espera ajuda do novo governo para seguir operando em 2023
03 janeiro 2023 às 06h58
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A Universidade Federal de Goiás (UFG) começou o ano de 2023 com uma tarefa nada fácil: superar o déficit orçamentário que gira em torno dos R$ 14 milhões, de acordo com a reitora Angelita Lima. O valor astronômico é um reflexo do corte de R$ 7,8 milhões em junho e o bloqueio de R$ 2,4 milhões em meados de dezembro, realizados pelo governo Bolsonaro (PL).
Durante entrevista ao Jornal Opção, Angelita informou que a dívida milionária pode fazer com que a universidade enfrente problemas financeiros, como o atraso do pagamento de determinados fornecedores por pelo menos três meses. Ela diz ainda que o último corte ainda não foi desfeito pelo atual governo Lula (PT).
“Temos que deixar de ser refém do déficit orçamentário. A nossa perspectiva é de recuperação e depois uma recomposição orçamentária com esse novo governo. Em 2022 estava previsto para recebermos R$ 3 milhões e ainda recebemos menos do que o previsto. Hoje precisamos de algo na casa dos R$ 120 milhões para fazer o nosso cotidiano”, explicou.
No vermelho
A reitora espera que o Ministério da Educação (MEC), durante os primeiros meses do governo Lula, corrija o déficit financeiro da universidade para que ela ‘saia do vermelho’. Para ela, sem o orçamento adequado, a UFG não consegue manter serviços básicos devido à falta de mão de obra, fazendo com que a instituição de ensino sofra com a depredação da infraestrutura.
“Essa recuperação orçamentária é fundamental porque temos laboratório de ensinos defasados, como os de odontologia, medicina e até o de comunicação. Precisamos de novos equipamentos e, em alguns casos, até a aquisição de novas cadeiras, mesas, mas sem recurso isso é impossível. Isso é urgente e necessário. É justo que tenhamos essa expectativa, pois o atual governo está ciente”, concluiu.