Uma vez por semana, os estudantes do 9º ano da Escola Municipal Senador Canedo participam de encontros com profissionais da psicologia como forma de melhorar a saúde mental. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a adolescência é um período crucial para o desenvolvimento e manutenção de hábitos sociais e emocionais importantes para lidar com as adversidades da vida. Múltiplas mudanças físicas, emocionais e sociais, incluindo a exposição à pobreza, abuso ou violência, podem tornar adolescentes vulneráveis a transtornos.

Previsto na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o projeto realizado pela prefeitura Senador Canedo quer ensinar estratégias para lidar com emoções, sentimentos, relações interpessoais, além de interatividade para reduzir estresses. “A gente oferece um espaço de escuta, acolhimento e fortalecimento de vínculos visando um processo de reflexão. A partir desses encontros a gente pensa nas relações interpessoais e no desenvolvimento socioemocional de cada um deles”, explica a psicóloga escolar, Lidiane Xavier.

O secretário municipal de Educação e Cultura, professor Victor Pellozo, explica que a ação auxilia na construção de projeto de vida dos alunos. “Implantamos esse projeto em um momento importante. O trabalho está sendo implantado em forma de projeto-piloto, observando as necessidades da rede municipal e a ideia é expandir para outras unidades de ensino”, detalha.

A Maria Eduarda, de 16 anos, é uma das estudantes que participam do projeto. Ela conta que nos encontros já aprendeu formas para se acalmar e melhorar a ansiedade. “A gente aprende a lidar com as nossas emoções, como a raiva, tristeza e ansiedade. Eu aprendi aqui que quando estiver ansiosa eu preciso fechar os olhos e procurar barulhos distantes para me acalmar. Isso me ajudou bastante”, relata.

E ela não foi a única. A aluna Ana Júlia, de 14 anos, também é uma das adolescentes que faz parte da ação e conta que tem aprendido a controlar as emoções. “A gente aprende a se comportar na sociedade e como as nossas emoções podem interferir. Também aprendi a acalmar os meus sentidos”, conta.