Nesta terça-feira, 28, o Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS) aprovou a taxa de juros de 1,97% para empréstimos consignados destinados a aposentados e pensionistas do INSS, seguindo a defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O Ministério da Previdência defendia uma taxa inferior a 1,90%, enquanto os bancos privados queriam uma taxa de 1,99%. Após uma reunião inconclusiva no dia anterior, Lula se encontrou com os ministros Fernando Haddad, Carlos Lupi e Luiz Marinho, além dos secretários-executivos da Casa Civil, Miriam Belchior, e da Fazenda, Gabriel Galípolo, para chegar a uma decisão.

Em março, o CNPS havia decidido reduzir o limite de juros praticado nas operações convencionais de consignado para beneficiários de 2,14% para 1,70% ao mês. No entanto, isso levou os bancos, inclusive os públicos, a suspenderem a modalidade de empréstimo, alegando não ter condições de arcar com os custos de captação de clientes.

Como resultado, o governo decidiu rever a redução e os bancos propuseram uma taxa limite entre 1,99% e 2,01%. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) acredita que um teto nestes patamares não bancaria os custos da operação do consignado de aposentados e permitiria a volta das operações. Na prática, as instituições têm duas opções: ou atendem ao limite de 1,97% ao mês ou deixam de ofertar o produto.