Um relatório da equipe de transição do governo eleito mostra que a inflação acumulada durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) é a quarta maior do mundo. O índice ficou superior a 26%.

Os dados colocam o país apenas atrás da inflação registrada na Argentina, Rússia e Turquia. Segundo o texto, nos dois primeiros anos da gestão Bolsonaro, o Brasil estourou o limite máximo da meta de inflação.

A equipe econômica da transição indica que o repique inflacionário pode ter sido provocado pela desvalorização cambial, que se verificou no período. Durante o governo bolsonarista, o dólar passou de R$ 4,10, em 2019, para R$ 5,60, em 2021, quando alcançou o pico de quase R$ 6.

Por outro lado, no período, o salário mínimo praticamente não teve ganho real. Para se ter ideia, o rendimento médio real caiu nos três primeiros anos de Bolsonaro no poder. O valor saiu de R$ 2.471,00 para R$ 2.265,00, em 2021. Já o rendimento real per capita de todas as fontes, em 2021, foi de R$ 1.353,00, sendo o menor índice da série histórica.

Com o salário mínimo já foi possível comprar duas cestas básicas, em 2019. Atualmente, é possível adquirir 1,6. A equipe de transição calcula que a gestão econômica do ministro Paulo Guedes, estourou o teto de gastos em mais de R$ 800 bilhões.

Goiânia é segunda maior inflação

Puxada por habitação, a inflação em Goiânia apareceu como a segunda maior do Brasil, no mês de novembro. No ranking, Brasília liderou com o índice mais alto do período. Porém, em outubro, a Capital registrou a maior alta inflacionária, com variação acumulada de 6,08% em 12 meses.

Em novembro, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em Goiânia foi de 0,95% – aumento de 0,42% ante outubro (0,53%). Com o recusou, ficou atrás apenas de Brasília, onde as taxas chegaram a 1,03%. No país, o IPCA registrou queda de 0,18% entre outubro (0,59%) e novembro (0,41%).