O vice-governador Daniel Vilela (MDB) destacou, durante o lançamento do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a consolidação da parceria e do que chamou de senso de cooperação entre Governo de Goiás e a União. Algo que, segundo ele, tem garantido a chegada de recursos federais para o estado e a viabilização de importantes obras para os goianos. A afirmação foi feita nesta quinta-feira, 21, durante evento com o ministro da Casa Civil Rui Costa.

“Isto é algo constantemente repetido pelo governador Ronaldo Caiado e corroborado pelo presidente Lula. Não há partido, ideologia, nada disso em jogo. O que há é a vontade e a disposição de agir em prol da população. Os investimentos do governo federal via PAC evidenciam isso”, acrescentou o vice-governador.

O montante é 36,6% menor do que o divulgado pelo governo federal durante o lançamento nacional de 11 de agosto. Na ocasião, o governo federal listou obras e ações no estado que somariam R$ 98,5 bilhões, entre investimentos públicos e parcerias com a iniciativa privada. A Casa Civil afirmou ao Jornal Opção que a mudança se refere à retirada de valores referentes a investimentos rateados entre os estados. 

O secretário deu como exemplo recursos destinados para aquisições de equipamentos navais, pelo Ministério da Defesa, que são calculados com valores proporcionais aos 26 estados e também ao Distrito Federal. Por isso, segundo Muniz, os números mostrados em agosto se referiam aos investimentos nacionais do PAC, mas não representavam, necessariamente, aqueles que chegariam individualmente a cada estado. 

Daniel afirmou que se empenhará “ao máximo” para que “as obras previstas no novo PAC saiam do papel o mais rápido possível”. Para isso, quer somar esforços com a bancada de Goiás no Congresso Nacional (17 deputados federais e três senadores) e promover articulações com ministros – não raro, ele é escalado pelo governador para reuniões na Esplanada dos Ministérios, dado o seu bom trânsito em Brasília, desde a época em que foi deputado federal (2015-2018).

Além de dezenas de obras rodoviárias, de saneamento básico e da construção de aeroportos e ferrovias, o PAC deste terceiro mandato do presidente Lula prevê, para Goiás, a injeção de recursos no BRT de Luziânia, no Hospital do Câncer (Cora) do governo estadual e em moradias populares dentro do Minha Casa, Minha Vida.

Investimentos exclusivos 

O montante do PAC também será destinado para investimentos exclusivos para Goiás, que abrangem outras unidades da federação. Os exclusivos no estado somam R$ 9,7 bilhões, e incluem obras que abrangem apenas o território goiano, como o BRT Norte-Sul e o Anel Viário da BR-153, em Goiânia, e construções de habitação e esgotamento sanitários em diversos municípios. 

Já as intervenções regionais totalizam R$ 52,6 bilhões, com obras como construção da rodovia BR-010, entre Goiás e Tocantins, além de investimentos para concessão da BR-060, entre Rio Verde e Rondonópolis (MT), BR-364, entre Jataí e Uberlândia (MG) e da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (FICO).