O Banco Central (BC) revelou, nesta terça-feira, 12, que ainda há R$ 10,56 bilhões em recursos esquecidos por clientes em instituições financeiras, segundo dados atualizados até junho deste ano. Desse total, R$ 8,03 bilhões pertencem a 48,2 milhões de pessoas físicas, enquanto R$ 2,53 bilhões estão vinculados a 4,43 milhões de empresas.

Apesar de o prazo oficial para resgatar os valores ter expirado em 16 de outubro de 2024, o Ministério da Fazenda esclareceu que não há uma data limite para que os clientes solicitem a devolução dos recursos. A consulta deve ser feita exclusivamente pelo site valoresareceber.bcb.gov.br, onde é possível verificar se há valores disponíveis e iniciar o processo de resgate.

Para receber os recursos, é necessário informar uma chave PIX. Caso o usuário não tenha uma chave cadastrada, deve entrar em contato com a instituição financeira responsável para combinar a forma de recebimento ou criar uma chave e retornar ao sistema para concluir a solicitação.

No caso de valores vinculados a pessoas falecidas, o acesso é restrito a herdeiros, testamentários, inventariantes ou representantes legais. É necessário preencher um termo de responsabilidade e seguir os procedimentos indicados pelas instituições financeiras após a consulta.

Desde 27 de maio, o BC passou a oferecer uma nova funcionalidade: a solicitação automática de resgate dos valores a receber. A adesão ao serviço é opcional e tem como objetivo facilitar o processo, eliminando a necessidade de consultas periódicas e solicitações manuais. Para habilitar essa opção, o cidadão deve acessar o Sistema Valores a Receber (SVR) com uma conta gov.br de nível prata ou ouro, com verificação em duas etapas ativada. A funcionalidade está disponível apenas para pessoas físicas que possuam chave PIX do tipo CPF.

O crédito dos valores será feito diretamente pela instituição financeira na conta do cidadão, sem aviso prévio do Banco Central. No entanto, instituições que não aderiram ao termo de devolução via PIX continuarão exigindo solicitação manual, o que também se aplica a valores de contas conjuntas.

Em fevereiro, o BC reforçou a segurança do sistema para evitar fraudes. O acesso continua sendo feito com a conta gov.br de nível prata ou ouro, mas agora exige duas etapas de verificação. Quem ainda não possui o aplicativo gov.br no celular deve baixá-lo, preencher os dados e realizar a validação facial para liberar o acesso. O sistema requer o CPF e a senha, seguidos por um código de acesso gerado no aplicativo.

A medida busca garantir maior proteção aos usuários e facilitar o resgate de valores esquecidos, que continuam disponíveis para milhões de brasileiros.

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