Neste domingo, 20, a assembleia de governadores do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) elegeu o economista Ilan Goldfajn, indicado pelo governo do atual presidente do Brasil, para comandar a instituição financeira por um mandato de 5 anos. O banco é responsável por financiar projetos de infraestrutura e desenvolvimento econômico, social e institucional da América Latina e do Caribe. A reunião aconteceu na sede do BID em Washington, D.C., com delegações participando presencialmente e virtualmente.

Eleito já no primeiro turno de votação, com 80% dos votos, Goldfajn é o primeiro brasileiro a ocupar o posto. Também estavam no páreo o ex-ministro da Economia do Chile, Nicolás Eyzaguirre Guzmán; o diretor do Banco Central do México, Gerardo Esquivel Hernández; o ex-funcionário do BID, Gerard Johnson; e a secretária de Relações Econômicas Internacionais da chancelaria argentina, Cecilia Todesca Bocco.

A eleição no BID ocorre após a saída do norte-americano Mauricio Clavier-Carone. Indicado para presidir a instituição pelo ex-presidente Donald Trump. Ele foi destituído em assembleia, no dia 26 de setembro, sob a acusação de relações íntimas com uma funcionária e de retaliar funcionários que denunciaram a relação. O banco está sob comando temporário da hondurenha Reina Irene Mejía, vice-presidente do organismo.

O economista Ilan Goldfajn foi indicado para a vaga como candidato do Brasil pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Ilan Goldfajn é ex-presidente do Banco Central e assumiu o cargo por indicação do governo Michel Temer, em 2016, e ficou no comando do banco até fevereiro de 2019 e hoje é diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional (FMI).