Nos últimos anos, a economia brasileira tem se mostrado menos concentrada, com grandes cidades perdendo importância no Produto Interno Bruto (PIB, todos os bens e serviços produzidos no país). Essa constatação foi revelada pelo estudo PIB dos Municípios, divulgado nesta sexta-feira, 15, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado geral de 2021 mostra que 17 dos 20 maiores PIBs municipais apresentaram queda. Em Goiânia, a situação não foi diferente.

Em 2021, a capital de Goiás apresentou um PIB de 59,9 bilhões de reais, o que representava 0,66% do PIB nacional. O valor é 0,02 p.p. menor do que o registrado em 2020 (0,68%). Ainda que essa perda de participação tenha sido pequena, a capital do estado caiu duas posições no ranking nacional, devido aos avanços de Maricá (RJ) e Niterói (RJ), que tiveram suas participações no PIB nacional subindo de 0,47% para 0,95% e de 0,54% para 0,74%, respectivamente. O crescimento dessas cidades se deve à extração de petróleo e de gás natural.

Os PIBs de Anápolis (R$ 17,8 bilhões), de Aparecida de Goiânia (R$ 17,0 bilhões) e de Rio Verde (R$ 16,3 bilhões) aparecem entre os cem maiores do país, em 75º, 80º e 82º, respectivamente.

Em relação ao Centro-Oeste, Goiás possui seis dos 20 maiores PIBs municipais, com destaque para, além de Goiânia (R$ 59,9 bilhões), Anápolis (R$ 17,8 bilhões), Aparecida de Goiânia (R$ 17,0 bilhões) e Rio Verde (R$ 16,3 bilhões). Anápolis e Aparecida de Goiânia aparecem em 5º e 7º lugares respectivamente. Brasília lidera a região, com PIB cinco vezes maior que o da capital goiana.

Desconcentração

Em 2002, as capitais representavam 36,1% da economia. Em 2020, passaram a ser 29,7%, e em 2021, 27,6%, o menor índice desde que começou a pesquisa, em 2002.

De acordo com o IBGE, a desconcentração é uma tendência acentuada em 2020. As capitais concentram grande parte das atividades de serviços presenciais que sofreram medidas restritivas de isolamento durante a pandemia da covid-19.