Entenda como será o funcionamento da Região 44 todos os dias até o final do ano
26 novembro 2024 às 13h00
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A Região da 44, em Goiânia, terá suas galerias e shoppings funcionando diariamente, incluindo aos domingos, até o término de 2024. A mudança, que começou nesta segunda-feira, 25, visa atender ao aumento esperado no fluxo de visitantes devido às promoções da Black Friday e às compras de fim de ano.
De acordo com a Associação Empresarial da Região da Rua 44 (AER44), a previsão é de que cerca de 400 mil pessoas visitem o polo confeccionista apenas na semana da Black Friday. Em dezembro, o número deve saltar para 1,2 milhão de visitantes.
Os horários de funcionamento foram adaptados: de segunda a quarta-feira, as lojas estarão abertas das 8h às 18h; de quinta a sábado, das 7h às 18h; e aos domingos, das 8h às 14h. Segundo Sérgio Naves, presidente da AER44, a proximidade do pagamento da primeira parcela do 13º salário e as promoções de Black Friday devem gerar um acréscimo de R$ 250 milhões nas vendas de varejo só na última semana de novembro. Já em dezembro, a movimentação financeira no polo pode atingir R$ 1,2 bilhão.
Black Friday fortalece varejo na 44
Embora a Região da 44 seja conhecida como um polo atacadista, as vendas de varejo vêm ganhando força nos últimos anos, especialmente durante o período da Black Friday. Sérgio Naves destaca que o consumidor final tem aproveitado o modelo de “atacarejo”, comprando em maior quantidade para obter preços mais baixos. “Hoje, muitos lojistas já alcançam um equilíbrio de faturamento entre atacado e varejo, com 50% de cada segmento”, afirma o presidente da AER44.
Impacto do 13º salário e comportamento do consumidor
O pagamento do 13º salário deverá injetar R$ 11,5 bilhões na economia de Goiás, contribuindo para um aumento de 5% nas vendas de fim de ano em comparação com 2023, segundo projeções do Sindilojas-GO baseadas em dados do Dieese. No Centro-Oeste, a expectativa é de movimentar R$ 28,9 bilhões, enquanto, no Brasil, o valor total alcançará R$ 321,4 bilhões.
Além disso, um levantamento da CDL Goiânia aponta que 64% dos consumidores da capital devem aproveitar as promoções da Black Friday, marcada para o dia 29 de novembro. A pesquisa revela que os produtos mais procurados serão roupas e acessórios (38%), seguidos por eletrodomésticos (30%) e eletrônicos (20%).
Consumidores
Maria Vitória da Silva Souza, moradora do bairro Itapuã, em Aparecida de Goiânia, relata que as novidades e as opções de preço oferecidas na região da 44 são atrativas. “Lá a gente encontra todo tipo de roupa, desde as mais simples até as de boa qualidade. Depende do poder de compra de cada um. Há roupas mais baratas, mas com qualidade inferior, e também peças mais caras, porém de alta qualidade”, descreve.
Elizângela Ferreira de Carvalho, 45 anos, residente no bairro Jardim Decolores, em Trindade, afirma que vale a pena comprar na 44 devido à qualidade das mercadorias e aos preços acessíveis. “Sempre que posso, vou lá. Inclusive, estou pensando em fazer as compras de fim de ano para toda a família”, comenta.
Lojistas
Lucas Roberto Silva destaca que trabalha com duas marcas de jeans e malharia: uma voltada exclusivamente para o público masculino e outra unissex. Ele explica que suas vendas estão divididas entre o atacado, que representa a maior parte, e as modalidades online e presencial.
O empresário conta que, nesta época de fim de ano, as vendas aumentam consideravelmente. “Todo fim de ano percebemos esse crescimento. Tenho clientes que compram grandes quantidades para renovar os estoques. Como meu foco é o público masculino, as vendas nessa linha disparam”, afirma.
Lucas acrescenta que a movimentação em suas lojas já triplicou. “Tivemos que contratar mais vendedores fixos e freelancers para atender à demanda do fim de ano”, observa.
Por outro lado, a lojista Neuza Alves Ribeiro, que trabalha com moda plus size, relata que este fim de ano não tem sido favorável. “Até agora, não notei aumento nas vendas. Na minha opinião, este está sendo um dos piores anos; nem parece fim de ano”, lamenta. Neuza ressalta que, se não fossem as vendas pelo WhatsApp, a situação seria ainda mais difícil.
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