Um desejo de muitas, mas um luxo para poucos. Assim pode ser descrito o broche “Bird on a Rock”, considerada umas das joias mais caras do Brasil. O valor? “Apenas” R$ 6,6 milhões. Nada muito elevado para os super-ricos”. Criada pelo designer francês Jean Schlumberger (1907- 1987) na década de 1960, o objeto vendido pela joalheria Tiffany tem uma característica peculiar: é uma cacatua de crista amarela. 

As pedras preciosas que compõem o broche são selecionadas e engastadas manualmente pelos artesãos. A composição da joia é formada por: platina e ouro amarelo 18K (quilates) com um diamante Fancy Intense Yellow, diamantes brancos e uma safira rosa, um diamante retangular modificado brilhante Fancy Intense Yellow com mais de 12K, 71 diamantes brancos com lapidação brilhante com mais de 1 quilate total e uma safira rosa redonda com 0,01 quilate. 

O broche, inclusive, divide lugar com outros objetos como os mais caros do país. Na HStern, por exemplo, o colar batizado de Alumbramento, uma criação de novembro de 2022 para celebrar o centenário de nascimento de Hans Stern, o fundador da marca, tem preço de R$ 3,54 milhões. O colar de ouro branco 18K vem com duas turmalinas verdes que somam 35,29 quilates, quatro águas-marinhas de 50,72 quilates no total e 667 diamantes de lapidações variadas (baguettes retangulares, brilhantes redondos e navettes). 

Descendo um pouco o valor temos um colar de diamantes de R$ 540 mil, a peça mais cara disponível na única loja brasileira da francesa Van Cleef & Arpels, que fica no JK Shopping, em São Paulo. Vale ressaltar que o transporte dessas joias para o Brasil encarece o produto, pois exige um forte esquema de segurança, sendo mais indicado a entrega em outro país.

Aumento

O patamar pré-pandemia do mercado geral de joalherias no Brasil era da ordem de R$ 13,2 bilhões e caiu para R$ 10,9 bilhões em 2021, mas o segmento de joias de luxo especificamente cresceu 35% quando comparado a 2019. 

O país, no entanto, apresenta um mercado de joias ainda fragmentado em marcas locais e regionais, sem presença internacional. A Vivara (VIVA3), por exemplo, se destaca como líder do setor com 9,5% de market share, seguida por Morana (2,4%), HStern (2,3%) e Pandora (2%).

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