Confirmando as projeções apresentadas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), o Brasil reassumiu sua posição entre as 10 maiores economias do mundo em 2023, em termos nominais, conforme dados divulgados pela instituição nesta terça-feira, 19.

Segundo o FMI, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro é estimado em US$ 2,13 trilhões em 2023, superando o Canadá, cujo PIB nominal é de US$ 2,12 trilhões. Conforme o levantamento, as três principais economias globais são os Estados Unidos, a China e a Alemanha, esta última ultrapassando o Japão.

Apesar da avaliação mais otimista do FMI em relação à economia brasileira, especialistas argumentam que o ranking do PIB nominal oferece pouca informação sobre as condições de vida de um país e não constitui o indicador mais adequado para mensurar o nível de desenvolvimento ou o crescimento econômico.

Veja o top 10 com as maiores economias do mundo, segundo o FMI, em termos nominais:

1. Estados Unidos – US$ 26,95 trilhões
2. China – US$ 17,7 trilhões
3. Alemanha – US$ 4,43 trilhões
4. Japão – US$ 4,23 trilhões
5. Índia – US$ 3,73 trilhões
6. Reino Unido – US$ 3,33 trilhões
7. França – US$ 3,05 trilhões
8. Itália – US$ 2,19 trilhões
9.  Brasil – US$ 2,13 trilhões
10. Canadá – US$ 2,12 trilhões

A economia da Rússia aparece na 11ª posição (US$ 1.86 trilhão), seguida pelo México (US$ 1.81 trilhão) e pela Coreia do Sul (US$ 1.71 trilhão). A Rússia saiu do ranking das 10 maiores economias do mundo, mas continua sendo um dos maiores fornecedores de energia para os mercados globais – incluindo China e Índia – apesar das sanções do Ocidente impostas após a invasão em grande escala da Ucrânia em fevereiro de 2022.

O PIB, em sua essência, representa o valor de todos os bens e serviços finais produzidos em um país durante um determinado período. No Brasil, o cálculo é conduzido pelo IBGE, utilizando dados próprios e de outras entidades, como o Banco Central (BC), a Secretaria da Receita Federal e a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Contudo, o PIB nominal não leva em consideração fatores como a desigualdade de renda, o bem-estar da população ou os impactos ambientais da produção econômica. O PIB per capita, por outro lado, é obtido pela divisão do PIB total pelo número de habitantes, proporcionando uma medida que reflete a distribuição da riqueza per capita.

Ao analisar o PIB per capita, observa-se que o Brasil não figura entre os 60 países mais bem colocados no ranking do FMI, ocupando a 66ª posição, com US$ 10,4 mil. Em contraste, Luxemburgo lidera o PIB per capita global (US$ 116,9 mil), seguido por Suíça, Irlanda e Noruega. Os Estados Unidos, líderes em PIB nominal, ocupam o quinto lugar (US$ 63,4 mil).

A situação brasileira também se reflete negativamente no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Em 2021, o país caiu do 84º para o 87º lugar, com um IDH de 0,754, indicando condições de vida menos favoráveis. Os cinco maiores IDHs do mundo pertencem a Suíça, Noruega, Islândia, Hong Kong e Austrália, enquanto o Canadá lidera nas Américas (15º colocado), seguido pelos EUA (21º)