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A rede de livrarias Saraiva anunciou em comunicado divulgado no mercado nesta quarta-feira, 4, a formalização do pedido de falência na 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Foro Central da Comarca da Capital do Estado de São Paulo. A empresa encontrava-se em processo de recuperação judicial desde 2018. Em 2021, a livraria fechou sua loja no shopping Flamboyant e, depois, acabou com a unidade no Passeio das Águas.

Leia mais: Livraria Saraiva fecha sua loja no shopping Flamboyant

No mesmo comunicado, a Saraiva informou que a RSM Brasil Auditores Independentes não desempenha mais o papel de provedora de serviços de auditoria para a rede. Ao ingressar no processo de recuperação judicial, a empresa enfrentava uma dívida total de R$ 675 milhões, distribuída entre 1,1 mil credores. Recentemente, encerrou suas operações em todas as lojas físicas no final de setembro, mantendo apenas as vendas online.

No segundo trimestre, o prejuízo operacional da empresa alcançou R$ 11 milhões, representando um aumento de 16% em comparação com o ano anterior. As lojas físicas registraram uma queda de 60,2% na receita, enquanto o faturamento do site totalizou apenas R$ 128 mil nos três meses entre abril e junho, equivalente a R$ 1,4 mil por dia, indicando uma redução de 78% em relação ao mesmo período de 2022.

A declaração de falência marca o fim de uma história com mais de um século para a rede, que já contou com mais de cem lojas em todo o país. Fundada por Joaquim Inácio da Fonseca Saraiva, um imigrante português, em 13 de dezembro de 1914, a Saraiva completaria 109 anos. Mesmo no início do processo de recuperação judicial em 2018, a rede mantinha 85 unidades distribuídas em 17 estados.

A próxima etapa será a formalização da falência pela Justiça, após a qual o administrador judicial da empresa procederá à liquidação dos ativos, distribuindo os recursos entre os credores. As dívidas trabalhistas terão prioridade nesse processo, seguidas pelos compromissos com o Fisco.